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Brasil enfrenta desafios para substituir diesel russo sob pressão da Otan
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Brasil enfrenta desafios para substituir diesel russo sob pressão da Otan

Especialistas alertam para dificuldades de encontrar novos fornecedores e impactos nos preços do diesel no mercado brasileiro

Por Admin

23/07/2025 05:30 · Publicado há 7 horas
Categoria: Economia

O mercado brasileiro pode ter dificuldades para encontrar novos fornecedores de diesel caso o país interrompa as importações da Rússia, uma medida sugerida pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para evitar sanções contra o Brasil. Atualmente, a Rússia é responsável por mais de 40% das importações brasileiras de diesel, que somaram mais de US$ 2,5 bilhões no primeiro semestre de 2025, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).

Contexto da Dependência do Diesel Russo

O economista Eric Gil Dantas, do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps), explica que a predominância da Rússia como fornecedora ocorreu após as sanções da União Europeia devido à guerra na Ucrânia. "A Rússia vendia muito diesel para a Europa, e esse mercado foi fechado (para o diesel, mas não totalmente para o petróleo cru e o gás natural), e com isto o produto ficou disponível a um preço mais barato, muitas vezes R$ 0,10 mais barato do que os preços internacionais", destaca Dantas.

Desafios para Novos Fornecedores e Impactos no Mercado

Segundo Dantas, a busca por novos fornecedores pode resultar em aumento dos preços do diesel no Brasil e dificuldades para encontrar outros mercados, já que os Estados Unidos, segundo maior fornecedor do país, destinam grande parte de sua produção para a União Europeia. "Teríamos que procurar em outros países, como Emirados Árabes, Kuwait e Índia", afirma o economista, ressaltando também a tensão comercial entre Brasil e EUA, que inclui ameaça de tarifas sobre exportações brasileiras.

O presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo, classifica as pressões como uma ameaça, mas alerta para a possível desestabilização da oferta. "No passado, a gente importava, majoritariamente, óleo diesel dos Estados Unidos. Mas com o avanço da guerra entre Rússia e Ucrânia, os Estados Unidos passaram a ser fornecedores da União Europeia e, com isso, há um desequilíbrio no mercado. A saída da Rússia certamente provocará um impacto na oferta e na demanda", explica Araújo, acrescentando: "E há também uma tendência de elevação de preços. É uma situação delicada".

Posição da Petrobras

A Petrobras informou que não importa diesel da Rússia. No entanto, Eric Gil Dantas destaca que a estatal mantém negociações importantes para abastecer o mercado, principalmente com fornecedores dos Estados Unidos e do Golfo Pérsico. Além disso, a empresa tem investido na expansão da produção nacional de diesel, com projetos concluídos em refinarias, como a de Pernambuco, e um aporte recente superior a R$ 33 bilhões no refino no Rio de Janeiro.

"Vai demorar ainda uns dois anos para que isso se reflita em volumes muito maiores de diesel nacional no mercado. Essa situação mostra como foi um enorme erro a política para a Petrobras nos dois últimos governos, onde praticamente não se investiu um centavo na ampliação das refinarias, mesmo o Brasil aumentando fortemente sua extração de petróleo", conclui o economista.

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