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Tarifa de 50% imposta por Trump impacta exportações e cadeias produtivas brasileiras
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Tarifa de 50% imposta por Trump impacta exportações e cadeias produtivas brasileiras

Medida provoca cancelamentos, suspensão de embarques e férias coletivas em setores como frigoríficos, madeira e pescados; governo cria comitê emergencial

Por Admin

22/07/2025 13:31 · Publicado há 6 horas
Categoria: Economia

A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre diversos produtos brasileiros gerou impactos imediatos nas exportações do Brasil. Em menos de 24 horas após o anúncio, houve suspensão de embarques, cancelamento de contratos e paralisação de atividades em setores importantes como carne bovina, pescados, mel, madeira, móveis e pedras naturais.

Reação e consequências nos estados exportadores

A nova tarifa, prevista para entrar em vigor em 1º de agosto, gerou receio no mercado norte-americano. Importadores cancelaram pedidos e adiaram negociações, afetando diretamente a economia de estados com forte produção exportadora como Mato Grosso do Sul, Paraná, Piauí, Espírito Santo e Pernambuco.

No Mato Grosso do Sul, frigoríficos como JBS, Minerva, Naturafrig e Iguatemi suspenderam o envio de carnes aos Estados Unidos. O estado, um dos maiores exportadores de tilápia, também viu a paralisação dos embarques, já que os EUA absorvem 99,6% da tilápia produzida localmente. No Piauí, a exportadora de mel orgânico Central Casa Apis enfrentou o cancelamento de grandes encomendas e atrasos na liberação de contêineres com mais de 95 toneladas do produto, liberados apenas após negociações emergenciais.

O setor madeireiro no Paraná sofreu com a suspensão dos embarques, levando a empresa BrasPine a conceder férias coletivas a 700 funcionários, visto que os EUA representam 42,4% das exportações do setor. No Rio Grande do Sul, indústrias de móveis enfrentam retração e incerteza. Já a Associação Brasileira das Indústrias de Pescados (Abipesca) informou que ao menos 58 contêineres de pescado estão retidos nos portos do Ceará, Pernambuco e Bahia, com os EUA sendo principal destino, respondendo por cerca de 70% das exportações do setor.

Setores adicionais afetados e impacto econômico

No Espírito Santo, maior exportador brasileiro de mármore e granito, os embarques foram suspensos, já que os EUA são responsáveis por 66% das vendas. Outros setores, como suco de laranja, café, cana-de-açúcar e uvas, especialmente em São Paulo e Pernambuco, também temem os efeitos da tarifa.

A Embraer prevê perdas de até R$ 20 bilhões até 2030 devido à possível redução nas vendas de jatos comerciais e executivos, com os EUA correspondendo a 45% e 70% dessas vendas, respectivamente. O porto de Santos estima prejuízos de até R$ 145 milhões no setor cafeeiro caso a tarifa seja aplicada efetivamente.

Resposta do governo federal

Para enfrentar os impactos, o governo federal criou um comitê interministerial liderado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, que ficará responsável por monitorar a situação e buscar alternativas comerciais. Entre as medidas em estudo estão a diversificação de mercados, o diálogo com os Estados Unidos e a possibilidade de recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC).

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) alertou que o "tarifaço de Trump" compromete não apenas as exportações brasileiras, mas também o equilíbrio das cadeias produtivas nacionais e a geração de empregos.

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