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De hobby a franquia: franchising brasileiro inicia como projeto paralelo
Empreendedores que começaram com uma renda extra em casa estão transformando ideias simples em franquias nacionais de sucesso
Um negócio que começa no apartamento, como uma fonte de renda extra, pode evoluir para uma grande rede de franquias. O franchising brasileiro conta com marcas que nasceram como projetos paralelos, criados por empreendedores que transformaram seus hobbies em negócios rentáveis, sem a necessidade de investidores ou planos grandiosos.
O caso American Cookies
A American Cookies é um exemplo dessa transformação. Criada em 2015 pela então servidora pública Francielle Faria e seu marido Rafael, em Brasília, a marca começou como um projeto pequeno, vendendo cookies congelados para colegas de trabalho e vizinhos, utilizando uma cozinha improvisada e vendas via WhatsApp. "A gente queria só uma renda extra, nada além disso", diz Francielle.
Expansão pelo delivery
Em 2017, o negócio ganhou impulso com a entrada nas plataformas de delivery, que ainda eram pouco exploradas na época. "O que a gente vendia em um mês, começou a vender em um dia no delivery", conta Francielle. Mesmo mantendo seus empregos formais, o casal passou a se dedicar integralmente ao projeto nas horas vagas, enfrentando a alta demanda e a falta de tempo para produzir a quantidade necessária.
Primeira dark kitchen e expansão interestadual
Para ampliar a produção, a American Cookies inaugurou a primeira dark kitchen em Belo Horizonte, produzindo em Brasília e enviando os produtos congelados para lá. A parceria com a plataforma Uber Eats foi fundamental para essa expansão, ensinando a escalar o negócio retirando o produto da cidade de origem para outras localidades.
Crescimento e entrada no franchising
O sucesso levou à abertura da primeira loja física e novas unidades próprias em Brasília e São Paulo. O franchising surgiu como uma estratégia para escalar ainda mais a operação, não como um plano inicial. Atualmente, a American Cookies conta com mais de 70 unidades pelo Brasil, entre lojas próprias e franqueadas, além de uma fábrica em Brasília. Francielle afirma: "Nossa missão agora é nos tornarmos o maior player de cookies do mundo."
Perfil do novo franqueador e risco de modismos
Este modelo de franqueador é diferente do tradicional, pois começa com aprendizado prático, testes diretos com o público e crescimento gradual. Porém, nem todos os projetos paralelos se tornam franquias de sucesso. Francielle reconhece o risco e destaca que a adaptação ao paladar local foi fundamental para o sucesso da American Cookies: "A gente abrasileirou o produto. Recheou com brigadeiro, cocada, chocolate brasileiro. O brasileiro não tem memória afetiva com cookie, mas tem com esses sabores. Unimos o que ele gosta com o formato americano e funcionou."
Planos futuros
No curto prazo, a marca pretende continuar encantando os clientes com sabores que agradam diferentes públicos, como brigadeiro de queijo para mineiros e Nutella para os mais jovens. No longo prazo, o objetivo é consolidar-se como a maior rede de cookies do mundo.