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Brasileiros evitam viajar para a Argentina devido à alta nos preços
Pesquisa revela que 90% dos preços em alimentos, serviços e bens duráveis são mais altos na Argentina do que no Brasil
Nos quatro primeiros meses de 2025, a Argentina recebeu 3,3 milhões de visitantes, uma queda de 25,4% em relação ao ano anterior.
Desafios enfrentados pelos argentinos
"Não tenho com quem conversar em português", lamenta o garçom argentino Alexis Franco, de 33 anos, em um restaurante na Rua Florida, um local que costumava atrair muitos brasileiros. Ele observa que, enquanto antes os brasileiros vinham em grupos, agora precisa aguardar suas férias para conhecer o Brasil.
Impacto da redução de turistas
Alexis conta que seu irmão, que oferecia câmbio pela cotação blue (paralela), teve que mudar de profissão, passando a fazer entregas por aplicativo devido à escassez de turistas. "Parece que estamos sempre em uma gangorra, Argentina e Brasil, espero que nenhum dos dois caia", resume.
Dados de turismo
A ausência de turistas brasileiros na Argentina não é apenas uma impressão. De acordo com dados do Indec (Instituto Nacional de Estatística e Censos), o país registrou um saldo negativo de 726,3 mil no turismo internacional em abril, recebendo 699,3 mil visitantes, uma redução de 8,3% comparado ao mesmo mês de 2024. Em contrapartida, 1,43 milhão de argentinos viajaram ao exterior, marcando um aumento de 30,5%.
Diferença de preços
Uma pesquisa conduzida por Marcelo Capello e Nicolás Cámpoli, da Fundação Mediterrânea - Ieral, revelou que em uma cesta de 30 produtos, incluindo alimentos e bens duráveis, 90% dos preços eram mais altos na Argentina do que no Brasil. O Brasil apresenta preços mais baixos em todos os itens de alimentação, enquanto a Argentina é mais cara em 91% dos bens duráveis comparados.
Expectativas para o futuro
Apesar de uma queda na inflação para 1,5% em maio, o menor nível em cinco anos, os preços ainda permanecem elevados em comparação com os do Brasil. O governo argentino, sob a liderança de Javier Milei, enfrenta desafios significativos para atrair dólares, uma vez que a escassez de reservas continua a ser um problema crônico.