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Controvérsia em torno do Prêmio de Economista do Ano concedido a Javier Milei
Entidades brasileiras criticam a premiação, alegando falta de representação dos economistas.
Pelo menos três entidades econômicas brasileiras se manifestaram após o presidente da Argentina, Javier Milei, receber o prêmio de Economista do Ano da Ordem dos Economistas do Brasil (OEB). Membros da Ordem estiveram em Buenos Aires nessa terça-feira (25) para entregar o prêmio a Milei.
Críticas das Entidades
O Conselho Federal de Economia (Cofecon), o Conselho Regional de Economia do Estado de São Paulo (Corecon-SP) e a Associação Brasileira de Economistas pela Democracia (Abed) contestam a honraria, afirmando que a OEB não representa os economistas brasileiros. Em nota, o Cofecon ressaltou que a OEB é uma entidade privada que reúne um pequeno grupo de cidadãos, o que não reflete a profissão como um todo.
Denúncias e Acusações
O Cofecon também mencionou que Milei é acusado de participar de uma associação ilícita que causou prejuízo a mais de 40 mil pessoas, destacando a recente divulgação da criptomoeda $LIBRA, que se revelou uma fraude do tipo "rug pull". Já o Corecon-SP reforçou que as únicas entidades legitimadas a representar economistas no Brasil são o Conselho Federal de Economia e o Sindicato dos Economistas.
Visões Divergentes
A Abed, por sua vez, afirma que a premiação legitima um projeto econômico considerado destrutivo e antidemocrático, ressaltando que a gestão de Milei tem promovido um desmonte do Estado e uma desregulamentação que afeta os direitos sociais e trabalhistas, aprofundando a recessão e a desigualdade.
Entrega do Prêmio
Milei esteve reunido com a direção da OEB por cerca de uma hora e 15 minutos. Ele foi convidado para ir ao Brasil em agosto para a cerimônia de premiação e aceitou a proposta, manifestando o desejo de cumprir uma agenda de três dias no país. A OEB elogiou seu trabalho, afirmando que suas políticas têm sido fundamentais para a estabilização da economia argentina.
Repercussões e Reflexões
O prêmio é concedido anualmente desde 1957 e no ano anterior foi entregue ao então presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, uma decisão que também gerou controvérsias. As críticas atuais levantam questões sobre a legitimidade da OEB e a representação dos profissionais de economia no Brasil.