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Cheques ainda movimentam meio bilhão de reais no Brasil
Embora o uso de cheques tenha caído significativamente, muitos ainda preferem essa forma de pagamento devido a inseguranças com transações eletrônicas.
Entre 1996 e 2024, o uso do cheque caiu 95,9%, conforme levantamento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), com dados da Compe, o sistema responsável pela compensação de cheques. Em 1996, foram compensados 3,3 bilhões de cheques e, em 2024, o número caiu para 137,6 milhões. No último ano, os pagamentos realizados por meio de cheques movimentaram R$ 523,2 bilhões, uma redução de 14,2% em relação a 2023.
Comparação de Métodos de Pagamento
No Brasil, o cheque ainda apresenta um ticket médio superior a outros métodos de pagamento. Segundo o Banco Central, o valor médio de um cheque em 2024 foi de R$ 3.782,57, enquanto o Pix teve um valor médio de R$ 416,18 e os boletos, R$ 1.478,89.
Razões para a Persistência do Uso de Cheques
O declínio do cheque começou a se tornar evidente no início dos anos 2000, com a popularização dos cartões de débito e crédito e se intensificou com o avanço das transações por internet banking. A introdução do Pix, em 2020, acelerou essa transformação. De acordo com Thaísa Durso, educadora financeira da Rico, "a ferramenta não traz grandes vantagens em relação às opções digitais". Por outro lado, Ivo Mósca, diretor de produtos da Febraban, esclarece que os usuários de cheques geralmente têm receios em relação a operações de alto valor realizadas por canais eletrônicos.
Desafios do Acesso Digital
Um estudo do Censo 2022 revelou que 10,6% da população brasileira não tem acesso à internet, equivalente a 21,4 milhões de pessoas. Este número é considerado superior à população de Minas Gerais. Além disso, existem aqueles que preferem métodos de pagamento mais tradicionais, como o cheque-caução, que serve como garantia de pagamento em transações específicas.
Movimentação Financeira e Tendências Futuras
Atualmente, o Pix lidera o mercado de pagamentos, representando 44,7% das transações no Brasil no terceiro trimestre de 2024, enquanto o cheque contribuiu com uma fração mínima de 0,1%. Apesar das dificuldades enfrentadas, ainda não há previsão para a eliminação do cheque, que continua a ser disponibilizado por diversas instituições bancárias, incluindo caixas eletrônicos que permitem sua emissão.
Conclusão
Embora a tendência seja a diminuição do uso dos cheques, a realidade atual mostra que este método de pagamento continua a ser relevante para uma parte da população, seja por questões de segurança ou tradição.