A inflação apresentou uma desaceleração em janeiro, com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados nesta terça-feira (11). O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) teve um aumento de 0,16% em comparação a dezembro, ligeiramente abaixo da mediana esperada por economistas consultados pela Bloomberg, que era de 0,17%. Esta taxa representa a menor inflação mensal para o mês de janeiro desde a implementação do Plano Real, em 1994.

Impacto dos Alimentos

Apesar da desaceleração geral, a alta dos preços dos alimentos ainda impacta o orçamento dos brasileiros, dificultando o alívio que poderia ser proporcionado pela redução nas contas de energia elétrica. Ao longo dos últimos 12 meses, a inflação acumulada é de 4,56%, ainda acima do teto da meta do Banco Central, que é de 4,5%, mas abaixo da expectativa do mercado, que era de 4,58%.

Ações do Banco Central

No mês anterior, o Banco Central aumentou a taxa básica de juros de 12,25% para 13,25% ao ano na tentativa de conter a inflação, que está acima da meta estipulada. Outro fator que contribuiu para a diminuição da pressão sobre os preços foi a queda de 5,3% do dólar em janeiro, após ter disparado acima de R$ 6,20 em dezembro.

Expectativas Futuras

Para fevereiro, projeta-se que o IPCA seja afetado pelo aumento superior a 6% no preço do diesel nas refinarias da Petrobras e pela alteração no ICMS sobre combustíveis. Com a elevação do imposto, o preço médio do combustível no país atingiu R$ 6,35 na primeira semana de fevereiro, o maior valor desde o início do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), considerando valores ajustados pela inflação. Segundo a última pesquisa Focus, os economistas preveem que o IPCA suba 5,58% em 2025, superando em mais de um ponto percentual o teto da meta estabelecida.