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Em meio à alta dos alimentos, BH planeja ampliar sacolões de R$ 2,59 e distribuir mais refeições
Fonte da imagem: https://www.otempo.com.br/content/dam/otempo/editorias/cidades/2025/3/25/cidades-belo-horizonte-minas_gerais-alimentacao-1742842781.jpeg

Em meio à alta dos alimentos, BH planeja ampliar sacolões de R$ 2,59 e distribuir mais refeições

Prefeitura de Belo Horizonte intensifica programas para garantir alimentação a preços acessíveis em todas as regionais da cidade

Por Admin

04/10/2025 23:34 · Publicado há 2 dias
Categoria: Economia

Com um aumento de 68% no preço dos alimentos nos últimos cinco anos, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) está planejando reforçar e expandir programas que asseguram o acesso a alimentos de qualidade para famílias em situação de vulnerabilidade social. Entre as ações estão o fortalecimento do programa Abastecer, que comercializa hortifrutis a preços populares, a ampliação das cozinhas comunitárias em todas as regionais da cidade e o atendimento de famílias com crianças durante as férias escolares por meio do programa Cesta nas Férias.

Reestruturação da Secretaria Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional

Essas iniciativas são coordenadas pela Secretaria Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, que foi elevada ao status de secretaria em 2025, antes sendo uma subsecretaria desde 2017. A titular da pasta, Darklane Rodrigues Dias, destaca que a mudança busca fortalecer a política pública de alimentação, facilitando a articulação com outras áreas como saúde, assistência social e educação, além de ampliar o orçamento e acelerar os processos.

Expansão do Programa Cozinha Comunitária

Uma das metas prioritárias é ampliar o programa Cozinha Comunitária, cujo projeto-piloto foi implantado em 2023 na região Oeste da capital, no Cabana do Pai Tomás. Atualmente, essa unidade entrega cerca de 82 mil refeições por ano a famílias vulneráveis. A prefeitura planeja instalar uma unidade em cada uma das nove regionais da cidade, aumentando a capacidade para mais de 700 mil refeições anuais. Um novo edital para essa expansão deve ser lançado ainda em 2025, com previsão para início das entregas em 2026.

Essas cozinhas comunitárias não apenas fornecem refeições prontas, mas também funcionam como espaços de cuidado e cidadania, oferecendo alimentos seguros, nutricionalmente equilibrados e promovendo ações educativas sobre alimentação saudável.

Programa Abastecer e preços acessíveis

Outro foco é o fortalecimento do programa Abastecer, que conta com 12 unidades ativas na cidade. O programa oferece 16 tipos de alimentos selecionados, incluindo frutas, hortaliças e verduras, com preços tabelados em até R$ 2,59 por quilo ou unidade, e ovos com preços limitados a 30% da média registrada na Ceasa. Em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a PBH está realizando estudos para identificar novos locais onde o programa pode ser expandido, visando ampliar o acesso a alimentos saudáveis em áreas com maior vulnerabilidade social.

Programa Cesta nas Férias

O programa Cesta nas Férias é destinado a famílias com crianças matriculadas na rede municipal de ensino e cadastradas no CadÚnico. Ele garante a segurança alimentar durante as férias escolares, período em que os estudantes deixam de receber refeições nas escolas. Darklane ressalta que "temos crianças que fazem de duas a cinco refeições por dia nas escolas. No período de férias, esse custo recai sobre as famílias, que muitas vezes já enfrentam dificuldade para colocar comida na mesa. O programa é uma forma de garantir esse direito básico mesmo fora do ano letivo".

Impacto da alta dos preços dos alimentos

Escolher alimentos in natura, como frutas, legumes e verduras, é mais saudável, mas também mais caro. Dados do Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead) mostram que entre abril de 2020 e março de 2025, os preços dos alimentos in natura subiram 75,52%, enquanto os industrializados aumentaram 67,72%. Nesse mesmo período, o custo da alimentação em casa subiu 68%, superando o aumento do salário mínimo, que foi de 45,26%.

O economista Diogo Santos, do Ipead, observa que "o salário mínimo cresceu menos que o custo da alimentação. Isso mostra que o poder de compra das famílias, principalmente as mais pobres, foi reduzido". A secretária Darklane destaca ainda que, nas famílias de baixa renda, entre 50% e 70% do orçamento é destinado à alimentação, e que "quando o alimento sobe de preço, a família precisa cortar em outros itens essenciais para manter o mínimo de dignidade à mesa".

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