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Bastidores de tensão e rivalidade entre políticos brasileiros em bunker de Israel
Disputa por liderança e clima de insegurança marcam estadia de autoridades durante ataques na região de Kfar Saba
Enquanto o conflito entre Israel e Irã intensificava-se com mísseis cruzando o céu do Oriente Médio, um grupo de 25 autoridades brasileiras, majoritariamente ligadas à direita, enfrentava outra batalha, menos visível, dentro de um bunker em Kfar Saba, cerca de 20 km de Tel Aviv. A comitiva estava em Israel para eventos relacionados à segurança pública e, diante dos riscos de ataques, foi levada a buscar abrigo.
Clima de rivalidade no bunker
A tensão não se limitava às ameaças externas. No interior do bunker, surgiram conflitos sobre quem seria o líder do grupo diante das negociações para retirada dos brasileiros. "Ambiente de política tem muita inveja", revelou um dos integrantes da comitiva, ao comentar os bastidores da disputa. Prefeitos de grandes cidades eram mais requisitados pelos intermediários dos governos de Israel e do Brasil, gerando ciúmes entre representantes de municípios menores.
Disputa por protagonismo
O prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil), ganhou destaque junto à imprensa brasileira por divulgar vídeos mostrando a rotina nos bunkers. Sua visibilidade, no entanto, não agradou a todos. O cenário se agravou quando a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), declarou oficialmente Damião como "coordenador" do grupo, atitude vista por alguns como alinhamento político indesejado, gerando novas críticas e questionamentos sobre sua liderança.
Troca de liderança e saída do bunker
No decorrer dos debates internos, Damião chegou a questionar publicamente um oficial israelense sobre os motivos para a escolha daquela região para o grupo, apesar do risco iminente. A resposta, considerada ríspida, foi usada por opositores para classificá-lo como "imprudente". No desfecho, a condução da comitiva foi passada ao prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), cujo filho, o deputado federal Mersinho Lucena (PP), financiou o jato particular que viabilizou o resgate dos brasileiros via Arábia Saudita, após longa viagem pela Jordânia.
Resposta ao governo brasileiro e repercussão
Além da tensão interna, o grupo preparou uma nota de resposta ao Itamaraty, que criticara a viagem da comitiva a Israel "a despeito de alerta consular da Embaixada do Brasil em Tel Aviv". O documento reafirmou a legitimidade da missão e rejeitou a versão oficial apresentada pelo governo brasileiro. Álvaro Damião foi procurado para comentar sua atuação durante a crise, mas não retornou o contato da TV Sim Brasil.