Uma pesquisa realizada pela startup Loft, em parceria com a empresa Offerwise, aponta que a grande maioria dos belo-horizontinos está disposta a desembolsar valores adicionais em aluguel ou na compra de imóveis para viver mais próximo do trabalho ou dos estudos. O levantamento, divulgado pela TV Sim Brasil, revelou que pelo menos 96% dos entrevistados consideram relevante investir mais nessas situações.

Dados do levantamento

No mercado de aluguel, moradores da capital mineira se mostraram dispostos a pagar em média R$ 1.000 a mais por uma localização estratégica. Entre os entrevistados, 34% aceitariam pagar entre R$ 501 e R$ 1.000 a mais por mês, 22% topariam acréscimos entre R$ 1.001 e R$ 1.500, enquanto 11% afirmaram que pagariam mais de R$ 1.500. Outros 22% indicaram disponibilidade para pagar até R$ 500 adicionais.

Na compra de imóveis, 28% dos participantes disseram que aceitariam pagar entre R$ 100 mil e R$ 200 mil a mais para morar perto do trabalho ou faculdade. Outros 26% aceitariam investir até R$ 100 mil adicionais, e 20% pagariam mais de R$ 200 mil. Uma parcela de 22% desembolsaria até R$ 50 mil a mais.

Motivações e percepções

Segundo o gerente de Dados da Loft, Fábio Takahashi, "a pesquisa mostra que o tempo de deslocamento continua a ter peso nas decisões de moradia, mesmo em um cenário com diferentes regimes de trabalho". O levantamento mostrou ainda que 79% dos moradores de Belo Horizonte consideram importante ou extremamente importante viver perto do local de estudo ou trabalho, enquanto 10% consideram esse fator indiferente.

As principais razões apontadas para preferência pela proximidade incluem a economia de tempo no deslocamento (64%), maior tempo para outras atividades (56%), fugir do trânsito (52%) e melhoria na qualidade de vida (45%). Economizar combustível (35%) e evitar múltiplos meios de transporte (27%) também foram citados.

Tempo de deslocamento e transporte

Outra questão abordada foi o tempo gasto no trajeto diário. Cerca de 44% dos entrevistados relataram gastar até 30 minutos para chegar ao trabalho ou faculdade, 34% gastam entre 31 minutos e uma hora, 18% entre uma e duas horas e 4% mais de duas horas diariamente. O carro particular é o principal meio de transporte utilizado por 46% dos participantes, seguido pelo ônibus comum (37%), deslocamentos a pé (20%) e por aplicativo (19%).

Influência do regime de trabalho

O estudo também identificou que mudanças no regime de trabalho têm impacto nas decisões residenciais. Entre os participantes, 39% mudaram recentemente a modalidade de trabalho ou estudo. Atualmente, 56% trabalham de forma 100% presencial, 13% atuam remotamente e 31% estão em algum modelo híbrido. Em comparação ao ano anterior, houve redução no regime híbrido (de 48% para 31%) e aumento no presencial (de 41% para 56%).