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O Copom mencionou em ata o aumento dos gastos públicos e ressaltou a importância da disciplina fiscal.

O Copom mencionou em ata o aumento dos gastos públicos e ressaltou a importância da disciplina fiscal.

O comitê decidiu, em 6 de novembro, aumentar a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, ajustando a Selic para 11,25%.

Por Gustavo Carmo

12/11/2024 09:05 · Publicado há 1 mês

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central destacou o enfraquecimento dos esforços em reformas estruturais e na disciplina fiscal na ata publicada nesta terça-feira (12). Conforme o documento: “A percepção mais recente dos agentes de mercado sobre o crescimento dos gastos públicos e a sustentabilidade do arcabouço fiscal vigente vem tendo impactos relevantes sobre os preços de ativos e as expectativas”.

Decisão sobre a taxa de juros

O Copom decidiu elevar a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, atingindo agora a marca de 11,25% ao ano. A decisão foi anunciada em 6 de novembro e foi unânime entre os membros. Na ata, o Copom destaca que as previsões para a inflação apontam um índice superior à meta para o ano, que é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, podendo atingir até 4,5%.

Expectativas de inflação

De acordo com o Boletim Focus do Banco Central, divulgado na última segunda-feira (11), as expectativas de inflação para os anos de 2024 e 2025 são de 4,62% e 4,1%, respectivamente.

Cenário internacional

O Copom menciona que o ambiente externo continua desafiador, principalmente devido à incerteza econômica nos Estados Unidos. Segundo o Banco Central, essa situação suscita mais dúvidas sobre os ritmos da desaceleração, da desinflação e, consequentemente, sobre as ações do Fed.

O comitê também observa que há menor sincronização nos ciclos de política monetária entre os países, exigindo cautela dos mercados emergentes.

Cenário doméstico

No cenário interno, a ata menciona que os indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho continuam a mostrar dinamismo.

Além disso, o documento destaca que “o preço do petróleo segue aproximadamente a curva futura pelos próximos seis meses e passa a aumentar 2% ao ano posteriormente. Adota-se a hipótese de bandeira tarifária “amarela” em dezembro de 2024 e de 2025”.

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