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Prejuízos de R$ 11 bilhões em Minas devido a eventos climáticos extremos
Perdas afetaram diversos setores e resultaram em milhares de desabrigados
As consequências das chuvas e outros eventos climáticos extremos tornaram-se cada vez mais evidentes. O atual período de chuvas, que começou em setembro de 2024, já resultou em 26 mortes e 4.084 pessoas desalojadas ou desabrigadas em Minas Gerais, conforme informações da Defesa Civil. Além das perdas humanas, as mudanças climáticas impactaram diretamente a economia, gerando um prejuízo estimado em R$ 11 bilhões no estado, afetando empregos, impostos e a massa salarial.
Estudo da Fiemg
Esses dados provêm de uma análise realizada pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), que também apurou que, em âmbito nacional, as perdas decorrentes desses eventos somam R$ 45,9 bilhões. O setor mais prejudicado é a agropecuária, com um impacto de R$ 24,4 bilhões, seguido pelos serviços (R$ 19,3 bilhões) e pela indústria (R$ 2,2 bilhões). O estudo indica que cerca de 574 mil empregos foram comprometidos no Brasil durante esse período.
Danos e Infraestrutura
Flávio Roscoe, presidente da Fiemg, explica que os problemas nas estradas, por exemplo, refletem diretamente nas indústrias e na economia em geral. “Danos na infraestrutura afetam a circulação de mercadorias. Se uma ponte cai, toda a indústria depois dela tem problema para receber e despachar produtos”, destaca. Entre 2020 e 2023, 19 mil obras de infraestrutura pública foram impactadas.
Aumento na Frequência de Eventos Climáticos
A frequência de desastres hidrológicos no Brasil aumentou em 36% entre 2020 e 2023, com Minas Gerais registrando 1.573 ocorrências. A imprevisibilidade desses eventos é outro desafio, como evidencia o professor de Ciências Econômicas da UFMG, Edson Domingues, que menciona a incerteza sobre a localização dos impactos. “Temos a informação de que eles ocorrerão com mais frequência, mas não onde”, aponta.
Dados da Crise Climática
Entre 2020 e 2023, os eventos climáticos extremos deixaram: 150 mil feridos; 2,28 milhões desalojados; 994 mortes; 782 desaparecidos; e 564 mil moradias afetadas, sendo 174 mil completamente destruídas. Na economia, os danos totalizaram uma perda de R$ 127 bilhões em faturamento, R$ 24,5 bilhões de massa salarial, R$ 14,5 bilhões em exportações, R$ 4,9 bilhões em impostos, impactando 0,7% do PIB nacional.