O Ministério Público Eleitoral se posiciona contra a ação de Boulos envolvendo Tarcísio e PCC.
O governador afirmou que uma facção criminosa recomendou voto em Boulos na eleição para a prefeitura de São Paulo.
Por Gustavo Carmo
13/11/2024 21:16 · Publicado há 1 mês
O Ministério Público Eleitoral (MPE) recomendou a rejeição da ação movida pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) contra o governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos). A avaliação do caso pelo MPE foi solicitada pelo vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Nunes Marques, responsável pelo caso na mais alta corte eleitoral.
Boulos, que perdeu as eleições municipais para Ricardo Nunes (MDB), apoiado por Tarcísio, acionou a Justiça após o governador afirmar, em 27 de outubro, durante o segundo turno, que um 'salve' do Primeiro Comando da Capital (PCC) teria influenciado votos a favor do candidato do PSOL.
Decisão do Ministério Público Eleitoral
A manifestação assinada pelo vice-procurador-geral Eleitoral, Alexandre Espinosa Bravo Barbosa, foi publicada nesta quarta-feira (13). Barbosa defendeu que o TSE "não tem competência" para julgar o caso, que deveria ser analisado tanto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) quanto pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele afirmou: "No caso em questão, imputa-se suposta prática de delito eleitoral por governador de estado, resultando do contexto a incompetência desse Tribunal Superior Eleitoral para o processamento e julgamento do feito".
A ação também envolve o prefeito Ricardo Nunes, já que ele e Tarcísio estavam juntos quando a declaração foi feita. A defesa de Boulos alega que ambos usavam adesivos com o número de urna do prefeito, em uma tentativa deliberada de influenciar os eleitores.
A CNN buscou comentários de Boulos, Tarcísio e Nunes e aguarda suas respostas.
- Informações adicionais: Lucas Mendes, da CNN