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Ex-PM do Bope, 'Caveira', é preso por suspeita de treinar traficantes e se aliar ao Comando Vermelho
Ronny Pessanha de Oliveira foi detido na comunidade da Muzema, no Rio de Janeiro, durante a Operação Contenção contra o avanço da facção na zona oeste
Agentes da Polícia Civil do Rio de Janeiro prenderam nesta segunda-feira (24) Ronny Pessanha de Oliveira, ex-policial militar e ex-integrante do Bope, sob suspeita de realizar treinamentos armados com traficantes e colaborar com lideranças do Comando Vermelho no Complexo da Penha. Ele foi detido na comunidade da Muzema, na zona oeste da cidade.
Histórico do Ex-policial
Conhecido pelo apelido "Caveira", Ronny já havia sido preso em 2024 e foi expulso da Polícia Militar em setembro de 2023, acusado de envolvimento com milícia. Lotado no 41º BPM (Colégio), ele negou as acusações em depoimento à corporação, afirmando ser inocente. Ronny tem histórico de investigações, denúncias e prisões anteriores. Em 2020, foi detido junto com outras seis pessoas suspeitas de atuar na milícia de Rio das Pedras, fazendo parte do núcleo de segurança da organização.
Investigações e Prisões Recentes
Em depoimento à PM em 2023, Ronny disse conhecer Taillon de Alcântara Pereira, um dos presos em 2020, mas afirmou não saber de sua participação em milícia. Taillon era procurado pela polícia após atiradores matarem três médicos em um quiosque na Barra da Tijuca, em 2023, em um caso de identificação errada que resultou na morte do ortopedista Perseu de Almeida.
Em 2024, Ronny foi preso novamente sob suspeita de realizar uma falsa blitz na estrada do Itanhangá.
Operação Contenção e Acusações Atuais
Na mesma segunda-feira, a Polícia Civil realizou a primeira fase da Operação Contenção, uma ação estratégica para conter o avanço territorial do Comando Vermelho na zona oeste do Rio. A operação contou com apoio de delegacias especializadas, do Bope e da UPP do Vidigal. Foram cumpridos dois mandados de prisão temporária e 22 mandados de busca e apreensão, com Ronny como principal alvo.
As investigações apontam que ele seria uma peça-chave na logística e no treinamento armado de criminosos, além de atuar diretamente em alianças com líderes do Comando Vermelho na Penha.
Atividades Empresariais e Controle Territorial
Ronny é sócio, junto com a mãe, da empresa de vigilância e segurança privada Skull 47, investigada por suspeita de lavagem de dinheiro e supostamente usada como fachada para atividades ilícitas. A polícia não informou se a mãe dele também está sendo investigada.
Além disso, a apuração indica que Ronny controlaria de forma violenta imóveis nas comunidades da Muzema e Itanhangá, na zona oeste, e Vidigal e Cruzada São Sebastião, na zona sul, usando armamento pesado para expulsar moradores e tomar posse dos imóveis.