O Brasil está enfrentando quatro focos ativos de gripe aviária, conforme atualização divulgada em 25 de julho de 2025 pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Os casos foram confirmados nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, afetando tanto aves silvestres quanto domésticas de subsistência.

Descrição dos focos ativos

Os focos da doença estão localizados nos seguintes locais e espécies:

• Monte Azul Paulista (São Paulo) - galinhas domésticas de subsistência
• Sorocaba (São Paulo) - peru silvestre
• São Paulo (cidade) - irerê silvestre
• Rio de Janeiro - galinhas d’Angola e pavão domésticos, em exposição

Medidas em São Paulo

Segundo a Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo (SAA), o foco detectado em Monte Azul Paulista envolveu duas galinhas criadas em uma propriedade particular. No entorno, seis estabelecimentos avícolas comerciais foram fiscalizados e não apresentaram sintomas clínicos da doença. A SAA reforça que “não há risco à população e o consumo de carne de aves e ovos permanece seguro”. Para conter a disseminação, equipes iniciaram vigilância ativa em criações de subsistência num raio de 10 km à procura de sintomas compatíveis com a gripe aviária.

Situação no Rio de Janeiro

O Mapa informou que no Bioparque do Rio de Janeiro, no recinto Savana Africana, foram testadas galinhas-d’angola. O Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas confirmou a presença do subtipo H5N1 do vírus. Das 16 galinhas d’angola no recinto, a maioria faleceu devido à doença, restando apenas três vivas. Um pavão morreu e outro apresentou sintomas clínicos. Como medida sanitária, os animais foram eliminados para impedir a propagação do vírus. O Bioparque suspendeu temporariamente as visitas para avaliação dos riscos, retomando parcialmente as atividades em 24 de julho. O recinto permanecerá interditado durante o período de vazio sanitário, com atuação integrada dos órgãos de saúde pública, saúde animal e gestão ambiental para controlar e erradicar o foco.

Contexto Nacional

O Brasil registrou apenas um caso de gripe aviária em granja comercial localizada em Montenegro, Rio Grande do Sul. Desde o fim do vazio sanitário, em 18 de junho, o país mantém o certificado de livre da doença concedido pela Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA).