O Mercosul e a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), composta por Noruega, Suíça, Islândia e Liechtenstein, firmaram um novo acordo de livre comércio que deve impulsionar significativamente as exportações brasileiras, especialmente de commodities agrícolas.

Contexto do acordo

O tratado, assinado nesta quarta-feira (2), garante que quase 99% do valor exportado pelo Brasil terá acesso livre aos mercados da EFTA, abrangendo tanto produtos agrícolas quanto industriais. Os mercados europeus passam a receber os produtos do Mercosul com condições preferenciais, abrindo novas oportunidades para o agronegócio brasileiro.

Produtos beneficiados

Entre os itens com acesso facilitado estão carnes bovina, de aves e suína; milho; farelo de soja; melaço de cana; mel; café torrado; álcool etílico; fumo não manufaturado; arroz; frutas (como bananas, melões e uvas) e sucos de frutas (de laranja e maçã). As regras do acordo estabelecem cotas específicas e o reconhecimento prévio da inspeção sanitária do Brasil, o que deve agilizar a liberação desses produtos nos países do bloco europeu.

Impacto econômico

Os países integrantes da EFTA figuram entre os que possuem maior PIB per capita no mundo. A Suíça é um dos principais investidores estrangeiros no Brasil, com um volume de investimentos de US$ 30,5 bilhões, enquanto a Noruega lidera as doações para o Fundo Amazônia, com cerca de R$ 3,4 bilhões em contribuições.

Perspectivas para o comércio exterior

De acordo com o governo federal, a expectativa é de que as trocas internacionais do Brasil, apoiadas por acordos comerciais como este, aumentem em até 10%. Isso pode gerar um impacto estimado em US$ 7,2 bilhões sobre o total das operações de comércio exterior do país.