{{noticiaAtual.titulo}}

Fonte da imagem: https://otempo.scene7.com/is/image/sempreeditora/cidades-acidente-br-116-1734969104?qlt=90&ts=1740581735740&dpr=off
Tragédia na BR-116: indiciados motorista e empresário por acidente que resultou em 39 mortes
Investigação revela detalhes alarmantes sobre o acidente que chocou Minas Gerais no final de 2024
O caminhoneiro envolvido em um acidente na BR-116 que resultou na morte de 39 pessoas em dezembro do ano passado, em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, foi indiciado pela Polícia Civil de Minas Gerais. O proprietário da empresa também enfrentará acusações, conforme informado pelo delegado Amaury Albuquerque, que liderou a investigação. Na ocasião do acidente, o caminhão estava a quase 100 km/h.
Detalhes do Acidente
O acidente ocorreu às vésperas do feriado de Natal, quando um ônibus com 45 passageiros foi atingido. O delegado explicou: "O inquérito reuniu provas técnicas e testemunhais, além de diversos elementos que permitiram esclarecer todo o ocorrido e responsabilizar o motorista e o dono da empresa de transporte das pedras de quartzito." Vários fatores contribuíram para a tragédia, incluindo o sobrepeso extremo da carga, que chegou a estar 77% acima do permitido, e o comportamento imprudente do motorista, que não respeitou os períodos de descanso e dirigia em alta velocidade. No momento do acidente, o semirreboque estava a 97 km/h.
Consequências Legais
Uma análise da Polícia Civil indicou que qualquer veículo que estivesse acima de 62 km/h e transportando uma carga semelhante ao caminhão teria uma alta probabilidade de tombar. "Infelizmente, o tombamento ocorreu exatamente quando o ônibus estava passando, resultando na morte de 39 pessoas, das quais muitas morreram carbonizadas", lamentou o delegado.
Ambos, motorista e proprietário da empresa, foram indiciados por homicídio e lesão corporal, tanto grave quanto leve. Além disso, o condutor do veículo enfrenta ainda dois crimes de trânsito por ter fugido do local sem prestar socorro às vítimas. O empresário foi indiciado também por falsidade ideológica, devido ao preenchimento de informações falsas nas notas fiscais sobre a pesagem das pedras e do veículo, como forma de evitar fiscalização, conforme explicou o delegado.
Estado Atual e Próximos Passos
O inquérito da Polícia Civil foi finalizado recentemente e enviado ao Ministério Público de Minas Gerais. O motorista continua preso no Espírito Santo. Sobre a possibilidade de detenção do empresário, o delegado enfatizou que a decisão cabe ao MPMG.