No dia 1º de maio, celebrado como feriado em todo o Brasil, a data simboliza a luta do proletariado. Porém, sua origem remonta a eventos fora do país, sendo amplamente adotada em várias nações e inscrita na história do Governo Vargas.

Origem do Feriado

A data foi estabelecida em 1886, quando operários de Chicago, nos Estados Unidos, exigiam uma jornada de trabalho de oito horas. As manifestações culminaram em um violento confronto com a polícia, evento que ficou conhecido como o Massacre de Haymarket, dando origem ao Dia do Trabalhador, data que passou a ser comemorada em diversos países como um símbolo de luta da classe trabalhadora.

A Diferença de Nomes

Enquanto em muitos lugares o feriado é conhecido como Dia do Trabalhador, no Brasil, a nomenclatura 'Dia do Trabalho' foi adotada durante o Governo Vargas, em uma estratégia política que buscava reforçar a administração do presidente e sua relação com a classe trabalhadora. Vargas utilizou a data, oficialmente reconhecida no Brasil no século 19, para promover a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) em 1943.

Transformação sob Vargas

Com Vargas, o significado do feriado mudou; deixou de ser um dia de reivindicações para se tornar um espetáculo cívico. Historicamente, a figura de Vargas foi associada à concessão de direitos trabalhistas, desestimulando a ideia de luta por direitos. "Ele transformou o feriado em uma celebração do trabalho, não da luta dos trabalhadores", explica o historiador Marcelo Cheche Galves.

Conclusão

Hoje, o 1º de maio continua a ser um dia de reflexão sobre os direitos trabalhistas, embora o espectro das celebrações tenha mudado ao longo dos anos, reiterando a necessidade de continuar a luta por melhores condições de trabalho.