Imagens recentes revelam o instante da execução do delator assassinado em um aeroporto.
A câmera registrou pessoas se movimentando na tentativa de se proteger após os tiros.
Por Gustavo Carmo
13/11/2024 21:15 · Publicado há 1 mês
Novas imagens obtidas do sistema de câmeras de segurança do Aeroporto Internacional de Guarulhos mostram um novo ângulo do assassinato de Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, que ocorreu na última sexta-feira (8). O vídeo registra os momentos anteriores ao crime, quando Gritzbach atravessa a rua no Terminal 2 em direção ao estacionamento, onde embarcaria com seus seguranças. Ele veste uma camisa branca e puxa uma mala de rodinhas, até que um carro preto para na via. Nesse instante, um homem sai do banco traseiro direito do veículo e começa a atirar. Embora o suspeito não seja identificado nas imagens, a polícia afirma que ele usava luvas e uma balaclava.
O vídeo revela uma correria intensa no local, com várias pessoas buscando abrigo. Entre elas, estava o segurança de Gritzbach, o policial militar Samuel Tillvitz da Luz. Em seu depoimento à Corregedoria da Polícia Militar, ele relatou que estava à frente de Gritzbach quando os disparos começaram. Ele afirmou que se escondeu atrás de um ônibus estacionado para se proteger e correu aproximadamente 50 metros até o saguão para encontrar a namorada de Gritzbach.
Após os disparos, o agressor retorna ao carro, que atravessa o canteiro central e foge. O veículo foi encontrado algumas horas depois, em uma área próxima ao aeroporto, contendo dois fuzis, roupas, luvas, um pano e sacos plásticos. Conforme a polícia, existia a intenção de incendiar o automóvel após o crime. Essa informação foi divulgada pela Força-Tarefa que investiga o caso, durante uma coletiva em 11 de fevereiro.
Investigação e medidas tomadas
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) comunicou que tanto testemunhas quanto envolvidos no incidente já foram interrogados. Cinco policiais militares que faziam parte da segurança de Gritzbach foram afastados. Além disso, outros agentes estão sendo investigados em um Inquérito Policial Militar, que ocorre em segredo de Justiça há cerca de um mês, e também foram retirados de suas funções.
Paralelamente, a Polícia Civil iniciou uma investigação preliminar para apurar denúncias de corrupção contra quatro policiais civis mencionados na delação premiada de Gritzbach. Estes policiais foram afastados de suas atividades operacionais enquanto as acusações são analisadas.