A Justiça da Argentina ratificou a sentença de condenação da ex-presidente Cristina Kirchner.
Em 2022, ela foi condenada a seis anos de prisão por envolvimento em um esquema de fraude.
Por Gustavo Carmo
13/11/2024 13:02 · Publicado há 1 mês
Um tribunal federal de apelações na Argentina reafirmou a condenação da ex-presidente Cristina Fernández de Kirchner nesta quarta-feira (13). Kirchner, que exerceu a presidência em dois mandatos de 2007 a 2015 e foi vice-presidente de 2019 a 2023, foi considerada culpada por fraude ao estado e recebeu uma pena de seis anos de prisão em dezembro de 2022. Segundo a acusação do Ministério Público argentino, a ex-presidente e vários ex-membros de seu governo firmaram contratos milionários para obras rodoviárias que estariam inacabadas, superfaturadas e consideradas desnecessárias. Esse esquema de fraude teria ocorrido durante o seu tempo como presidente.
Detalhes da denúncia
A denúncia se concentra em 51 licitações viárias na província de Santa Cruz, terra natal de seu falecido marido, o ex-presidente Néstor Kirchner, local onde ambos iniciaram suas carreiras profissionais e políticas antes de ganharem projeção nacional. O caso ainda pode ser levado à Suprema Corte.
Impactos políticos e suporte público
Figura influente na política argentina, Kirchner sobreviveu a uma tentativa de assassinato em 2022, o que gerou grandes manifestações de apoio a ela. Recentemente, foi nomeada para liderar o Partido Justicialista, de oposição peronista, após o ex-presidente Alberto Fernández ser acusado de abuso contra a ex-primeira-dama no início deste ano e ser destituído de seu cargo no partido. Kirchner assumirá a liderança em 17 de novembro.
A Argentina terá eleições legislativas em 2025, mas um projeto de lei em discussão no Congresso pode afetar seu futuro político se for aprovado, ao proibir pessoas condenadas por corrupção de assumirem cargos públicos.