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Bill Ackman está considerando a remoção de seus empreendimentos de Amsterdã após ocorrências de ataques contra torcedores israelenses.

Bill Ackman está considerando a remoção de seus empreendimentos de Amsterdã após ocorrências de ataques contra torcedores israelenses.

Um executivo alega que uma alteração na Pershing Square poderia resultar em economia financeira e aumento da liquidez para os acionistas.

Por Gustavo Carmo

11/11/2024 17:07 · Publicado há 1 mês

O bilionário gestor de fundos Bill Ackman pretende que a Pershing Square Holdings e a Universal Music Group deixem a Euronext Amsterdam, a principal bolsa de valores dos Países Baixos, após os ataques a torcedores israelenses na capital holandesa. Ackman declarou no X, anteriormente conhecido como Twitter, onde possui 1,5 milhão de seguidores, que 'concentrar a listagem em uma bolsa (Bolsa de Valores de Londres) e deixar uma jurisdição que falha em proteger seus turistas e populações minoritárias combinam bons princípios comerciais e morais'. Ele planeja buscar a aprovação do conselho da Pershing Square para essa mudança.

Conflitos em Amsterdã

Após o jogo da Liga Europa entre o Maccabi Tel Aviv de Israel e o Ajax da Holanda, torcedores israelenses foram agredidos em confrontos violentos em Amsterdã. Na sexta-feira (8), as autoridades locais informaram que cinco torcedores israelenses feridos receberam alta hospitalar e que entre 20 e 30 pessoas sofreram ferimentos leves. Ao todo, 63 pessoas foram detidas, sendo 10 ainda mantidas sob custódia, de acordo com a polícia.

Motivações e Consequências da Decisão

Ackman, CEO da Pershing Square Capital Management, mencionou que a mudança já estava em consideração antes dos ataques, devido à predominância das negociações na Bolsa de Valores de Londres. Ackman destacou que a Pershing Square passará a ser negociada exclusivamente na LSE, o que, segundo ele, economizará recursos e melhorará a liquidez para os acionistas.

Para a Universal Music Group, onde Ackman atua como membro do conselho, os ataques em Amsterdã também influenciaram a decisão de potencialmente mudar a sede e a listagem de Amsterdã. Ackman afirmou que a Universal Music é negociada com um desconto significativo porque não está listada na Bolsa de Valores de Nova York ou na Nasdaq, nem é elegível para o S&P 500 e outros índices. Ele revelou planos de obter uma listagem nos EUA para a UMG até o próximo ano.

No entanto, a Universal Music rebateu, dizendo à CNN que "a Pershing não tem nenhum direito de exigir que a UMG se torne uma empresa domiciliada nos EUA ou saia da Euronext Amsterdam". O porta-voz afirmou que a empresa cumprirá suas obrigações contratuais e que qualquer decisão será tomada visando maximizar o valor e os melhores interesses dos acionistas.

A Pershing Square Holdings não respondeu ao pedido de comentário da CNN, e a Euronext declarou à CNN que 'não comenta sobre empresas específicas listadas'.

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