O G20 representa um grupo composto pelas principais economias globais. Em 2024, o Brasil será o responsável por organizar um encontro com essas economias de destaque mundial.
Líderes mundiais se reúnem no Rio de Janeiro nos dias 18 e 19 de novembro para uma cúpula.
Por Gustavo Carmo
11/11/2024 17:06 · Publicado há 1 mês
O Fórum Internacional do G20 ocorrerá no Rio de Janeiro nos dias 18 e 19 de novembro, reunindo líderes das principais economias globais. O objetivo do grupo é debater e fomentar a colaboração em aspectos financeiros e econômicos internacionais. Este evento é realizado anualmente.
Composição do G20
O G20 é formado pelos países mais industrializados: Brasil, África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia, além da União Europeia e União Africana. A Presidência do grupo, que é rotativa, tem a prerrogativa de convidar outras nações para participar das discussões.
Sob a liderança do Brasil, foram convidados Angola, Egito, Emirados Árabes, Espanha, Nigéria, Noruega, Portugal, e Cingapura.
Origem do G20
A sigla "G20" significa "grupo dos vinte" e surgiu no final dos anos 2000, como resposta à crise financeira provocada pela falência do Lehman Brothers. Inicialmente, eram realizados encontros entre ministros das finanças e diretores de bancos centrais, mas logo evoluíram para reuniões de chefes de Estado, com o primeiro encontro ocorrido em Washington, EUA, em novembro de 2008.
Desenvolvimento da Cúpula do G20
Após 2010, os encontros passaram a ser anuais e são conhecidos como Cúpula do G20, que envolve os líderes dos países-membros. A designação "Cúpula" vem do termo inglês "Summit", simbolizando o auge das mais de cem reuniões realizadas pelo G20 ao longo do ano.
A agenda atual está repleta de temas importantes para a população global, incluindo comércio, desenvolvimento sustentável, saúde, agricultura, energia, meio ambiente, mudanças climáticas, combate à corrupção e estabilidade econômica mundial.
Estrutura de Operação do G20
O G20 atua em duas frentes: a trilha de Sherpas e a trilha de Finanças. Os Sherpas são representantes dos líderes dos países membros, tendo a tarefa de seguir as negociações e discutir as principais questões do grupo. O termo "sherpa" origina-se do alpinismo, referindo-se a um assistente que ajuda os alpinistas a atingir o topo de uma montanha.
A trilha de Finanças, liderada por autoridades dos ministérios da economia e presidentes de bancos centrais, aborda assuntos macroeconômicos. Este grupo costuma se reunir pelo menos quatro vezes ao ano, com duas reuniões paralelas aos encontros do Banco Mundial e FMI.
O conceito de "troika" foi formalmente adotado durante a Cúpula de Cannes, na França, em 2011. A troika inclui as presidências atual, anterior e futura do G20, que colaboram na organização da Cúpula. Durante a liderança do Brasil, o país cooperará estreitamente com a Índia e a África do Sul.
Presidência Brasileira do G20
Desde dezembro de 2023, o Brasil lidera o G20, focalizando temas prioritários do governo atual, como combate à fome, pobreza e desigualdade, além das três dimensões do desenvolvimento sustentável: econômico, social e ambiental, e a reforma da governança global.
Com o lema "Construindo um mundo justo e um planeta sustentável", a presidência brasileira visa incentivar a participação da sociedade civil nas discussões e formulações políticas do grupo, envolvendo atividades de 12 grupos de engajamento compostos por membros das trilhas políticas e financeiras, além de atores não-governamentais. Estão programadas mais de 30 reuniões de grupos de engajamento e outras atividades com a participação das sociedades dos países integrantes do G20.