A alta de casos de febre amarela em São Paulo, que já confirmou três mortes pela doença em 2025, está gerando preocupações em Minas Gerais. O primeiro caso diagnosticado em Minas neste ano é de um paciente residente em Bragança Paulista (SP), que se desloca diariamente para Extrema, localizado no Sul de Minas. A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) notificou o caso e está investigando onde a infecção ocorreu.

Aumento de Casos Suspeitos

Desde a confirmação do diagnóstico, o número de casos suspeitos de febre amarela em Minas aumentou. Até a última sexta-feira, 31 de janeiro, a SES-MG estava acompanhando quatro pacientes com sintomas que podem indicar a doença. Os sintomas graves da febre amarela incluem febre alta, icterícia, hemorragia e, em casos extremos, choque e insuficiência de múltiplos órgãos.

Relação entre Minas e São Paulo

A interação entre as notificações de febre amarela nas divisas de Minas Gerais e São Paulo não é novidade. Conhecidas por serem áreas de mata e regiões rurais, são propensas à infecção. No ano passado, dos dois casos confirmados em Minas Gerais, um resultou na morte de um paciente em Águas de Lindóia, em São Paulo. A infecção nesse caso ocorreu em Monte Sião, no Sul de Minas. O outro caso foi registrado em Camanducaia, mas não foi possível confirmar o local exato da infecção.

Transmissão da Doença

A febre amarela é uma infecção aguda transmitida por picadas de mosquitos. Não ocorre transmissão de pessoa para pessoa, mas as notificações tendem a aumentar com a circulação do vírus entre os mosquitos. No ciclo urbano, a doença é transmitida pelo Aedes aegypti, enquanto no ciclo silvestre, é transmitida principalmente pelos mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes.

Importância da Vacinação

Segundo o Ministério da Saúde, entre 20% e 50% das pessoas com febre amarela grave podem não sobreviver. Portanto, é crucial procurar assistência médica ao notar os primeiros sinais da doença. A vacinação é a principal forma de prevenção contra a febre amarela. Desde abril de 2017, o Brasil adota um esquema vacinal de apenas uma dose ao longo da vida, disponível nas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS).

Casos em Belo Horizonte

A prefeitura de Belo Horizonte informou que, nos últimos dois anos, não houve casos confirmados de febre amarela em humanos na cidade.