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Presídio na Grande BH enfrenta crise de violência devido à superlotação
Sindicato dos Policiais Penais alerta para situação crítica no Presídio Inspetor José Martinho Drumond, com aumento de mortes e condições precárias
A superlotação no Presídio Inspetor José Martinho Drumond, localizado em Ribeirão das Neves, na Grande Belo Horizonte, tem provocado um grave aumento da violência entre os detentos. O Sindicato dos Policiais Penais denunciou que apenas neste ano foram registradas 19 mortes no local, intensificando a sensação de insegurança e risco constante.
Violência e situação dos detentos
A prática conhecida como "Ciranda da Morte", que consiste em atos violentos entre presos em unidades superlotadas, voltou a ser motivo de preocupação. Segundo Magno Soares, diretor do sindicato, 16 dessas mortes ocorreram por ações brutais como espancamentos e perfurações causadas por facas artesanais.
"Hoje, no Martinho Drumond, onde também trabalho, a situação é calamitosa, um barril de pólvora prestes a explodir", afirmou o sindicalista. O alerta estende-se não apenas aos detentos, mas também aos policiais penais que atuam em condições precárias e sob risco constante. "Nossos agentes saem de casa sem saber se vão voltar para suas esposas, filhos, mães, para o seu lar", acrescentou.
Superlotação e consequências
O presídio foi construído para abrigar 1.047 detentos, mas atualmente abriga 2.228 presos, mais que o dobro da sua capacidade oficial, conforme dados apresentados em audiência pública pela deputada estadual Andréia de Jesus (PT). Essa superlotação contribui diretamente para o aumento da violência e dificulta o controle da situação dentro da unidade.
Um caso recente que ilustra a gravidade da situação foi o espancamento fatal de Cláudio Alves Carneiro, de 44 anos, que morreu na enfermaria do presídio após agressões graves na cela.
Resposta da Secretaria de Justiça e Segurança Pública
A Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou que não divulga dados específicos de lotação por questões de segurança, mas destacou que todas as ocorrências que resultam em mortes são investigadas internamente e podem levar a sanções administrativas e consequências judiciais para os envolvidos.
A secretaria detalhou ainda um conjunto de ações para ampliar vagas no sistema prisional mineiro, com a entrega de cerca de 2.700 novas vagas em presídios e penitenciárias, reformas e ampliações em diversas unidades, visando melhorar as condições de custódia e ressocialização.
O Presídio Inspetor José Martinho Drumond continua sob fiscalização regular de órgãos de controle, incluindo o Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, assegurando inspeções criteriosas e acompanhadas por juízes da Vara de Execuções Criminais.