Bruno Muzzi, CEO da SAF do Atlético-MG, anunciou que o clube decidiu adotar uma medida drástica para evitar vandalismo na Arena MRV, em Belo Horizonte. Durante entrevista exclusiva à Itatiaia, o dirigente revelou que serão instalados vidros mais altos, dificultando a interação da torcida com o campo. “Ainda não sabemos quais sanções podem vir do STJD. Vamos nos defender e apresentar todas as informações necessárias. Após o parecer, tomaremos as ações adequadas. Colocar vidros é uma ação necessária. Infelizmente, existem torcedores baderneiros que precisamos controlar. Vamos ter que elevar os vidros da Arena MRV”, afirmou Muzzi.

Durante a vitória do Flamengo sobre o Atlético-MG na Arena MRV, incidente que deu o título da Copa do Brasil aos cariocas, ocorreram arremesso de objetos em campo, invasão, confrontos entre torcedores e seguranças, uso de bombas e lasers. Todos esses eventos foram relatados na súmula do árbitro Raphael Claus.

Possíveis punições para o Atlético-MG

Com os registros dos acontecimentos durante a partida, é grande a probabilidade de o Atlético-MG enfrentar severas penalidades. Um fotógrafo, atingido por uma bomba durante o jogo, sofreu fraturas nos dedos do pé, ruptura de tendões e pode precisar de cirurgia.

O árbitro Raphael Claus destacou na súmula que bombas foram lançadas em direção ao gramado em quatro momentos: aos 9, 49, 50 e 52 minutos. Copos também foram arremessados pelos torcedores do time mandante aos 6, 45, 51 e 82 minutos de jogo.

Códigos de infração

• Artigo 211: Relacionado a não manter a infraestrutura adequada para garantir segurança. As sanções vão de multas entre R$ 100 e R$ 100 mil até a possível interdição do estádio.
• Artigo 213: Comumente aplicado em situações como as da Arena MRV, trata do não cumprimento de medidas que evitem e reprimam desordens, invasões de campo, ou lançamento de objetos. As penalidades incluem multas nos mesmos valores do artigo 211 e a potencial perda de mando de campo de uma a dez partidas, suprimindo a condição de 'elevada gravidade'. Essa punição afetaria competições da CBF, como o Campeonato Brasileiro.