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Fonte da imagem: https://www.otempo.com.br/content/dam/otempo/editorias/pampulha/2009/1/pampulha-saladas-frutas-e-proteinas-sao-ideais-para-o-verao-1714620597.jpeg
Estudo da UFMG aponta que brasileiros consomem menos frutas e verduras do que recomendado
Apenas 22,5% da população adulta segue as orientações da OMS sobre o consumo diário de frutas e hortaliças.
O consumo adequado de frutas e hortaliças é essencial para a prevenção de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), conforme recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), que sugere cinco porções diárias durante cinco dias da semana. Contudo, um estudo recente da Escola de Enfermagem da UFMG revelou que apenas 22,5% da população adulta brasileira cumpre essa orientação.
Resultados da Pesquisa
A pesquisa, coordenada pelo professor Rafael Moreira Claro, foi realizada com adultos a partir de 18 anos residentes em 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal, entre 2008 e 2023, utilizando dados do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para DCNT por meio de inquéritos telefônicos (Vigitel). Durante o estudo, foram analisados dois tipos de consumo: o regular, que considera qualquer quantidade consumida em pelo menos cinco dias na semana, e o consumo recomendado pela OMS, que é de cinco porções diárias em cinco dias da semana.
Análise Temporal
A análise dos dados revelou que, em média, 34% da população adulta consumia frutas e hortaliças regularmente, enquanto apenas 22,5% seguiam a recomendação da OMS. Ao dividir o período em duas fases, 2008-2014 e 2015-2023, observou-se que o consumo aumentou entre 2008 e 2014, seguido por uma queda entre 2015 e 2023. Essa redução pode estar ligada à instabilidade política e à crise econômica, exacerbadas pela pandemia de covid-19.
Impactos na Saúde
A doutoranda Izabella Paula Araújo Veiga, primeira autora do estudo, ressalta que a diminuição no consumo de frutas e hortaliças impacta diretamente a qualidade da alimentação dos brasileiros, podendo resultar em consequências negativas para a saúde e a cultura alimentar do país. Além disso, essa tendência de queda pode dificultar o alcance da meta do Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas e Agravos Não Transmissíveis no Brasil (Plano de Dant), que visa aumentar o consumo recomendado para 30% até 2030.