Segundo Pessôa em entrevista ao CNN Money, o desafio fiscal reside no desequilíbrio estrutural.
Um economista apontou uma redução no ritmo de crescimento das despesas primárias.
Por Gustavo Carmo
11/11/2024 21:09 · Publicado há 1 mês
Samuel Pessôa, chefe de pesquisa da Julius Baer Brasil e pesquisador da Fundação Getulio Vargas (FGV), afirmou em entrevista ao CNN Money, nesta segunda-feira (11), que a política fiscal do Brasil enfrenta um desequilíbrio estrutural. Ele fez essa observação durante sua participação no programa Money News, que ocorre antes do fechamento do mercado.
O pesquisador explicou que esses desequilíbrios têm origem "em regras fiscais que impõem que o gasto público cresça a um ritmo maior que o da economia". Pessôa mencionou uma desaceleração na taxa de crescimento do gasto primário ao longo da entrevista.
"Há indicativos de que o estímulo fiscal, nos próximos meses, irá desacelerar, beneficiando o Banco Central. Ainda não sei se isso será suficiente, pois a questão inflacionária já é bastante preocupante", ele enfatizou.
Pessôa comentou sobre os benefícios de uma desaceleração no crescimento do gasto público: "A redução na taxa de crescimento do gasto primário diminui a demanda pública sobre os recursos econômicos, gerando um ganho de expectativa que influencia o preço dos ativos, especialmente no câmbio".