A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu o inquérito sobre um feminicídio ocorrido em Taiobeiras, no Norte do estado, em 27 de dezembro de 2024. O suspeito tentou encobrir o crime simulando um suicídio da vítima, mas foi preso três dias depois do ocorrido.

Investigação e Prisão

As investigações começaram no dia seguinte ao crime, após familiares da vítima denunciarem que ela havia sido assassinada e não cometido suicídio. O corpo foi encontrado em uma cena que inicialmente indicava suicídio, mas suspeitas recaíram sobre o ex-namorado da jovem, que foi preso em 30 de dezembro com o celular da vítima em sua posse, chegando a confessar o crime.

Detalhes do Crime

O inquérito, presidido pela delegada Mayra Coutinho, recolheu depoimentos de testemunhas, laudos e realizou reconstituição da dinâmica do feminicídio. O laudo de necrópsia confirmou que a causa da morte foi asfixia, evidenciando a violência do ato. Na noite do crime, o suspeito foi até a casa da vítima alegando discutir uma dívida relacionada a uma bicicleta, o que não foi comprovado.

Motivação e Comportamento do Suspeito

O casal havia terminado meses antes do crime, e a vítima estava começando um novo relacionamento. Segundo testemunhas, o suspeito não aceitava o término e agia com ciúmes obsessivos, perseguindo a vítima e insistindo em contato. A jovem chegou a pedir a uma amiga para dormir com ela por medo de ficar sozinha.

Ocorrência do Feminicídio

Na noite do crime, os dois discutiram no quarto da vítima, quando ela foi asfixiada. Para tentar ocultar o assassinato, o homem simulou um suicídio, amarrando uma corda no pescoço da vítima e pendurando-a no telhado da casa. O corpo foi encontrado pela mãe da jovem no dia seguinte.

Consequências Legais

Diante das evidências, o suspeito foi indiciado por feminicídio qualificado por asfixia e por fraude processual por tentar alterar a cena do crime. A delegada declarou: "Se condenado, ele pode pegar mais de 40 anos de prisão".