A diretoria do Corinthians, sob a liderança do presidente interino Osmar Stabile, firmou um acordo com o elenco na terça-feira (22) para a quitação das pendências financeiras relacionadas a premiações. O clube possui uma dívida aproximada de R$ 12 milhões com jogadores e membros da comissão técnica, referentes a bônus pela classificação para a fase preliminar da Copa Libertadores no Brasileirão 2024 e pelo título do Campeonato Paulista deste ano.

Detalhes do acordo e pagamentos

Foi definido que o montante será pago em três parcelas, com a primeira sendo quitada ainda nesta semana. A divulgação inicial partiu do “Meu Timão” e foi confirmada pela TV Sim Brasil. O atraso nos pagamentos gerou desconforto, especialmente para o atacante Memphis Depay, que notificou o clube extrajudicialmente duas vezes e chegou a faltar a um treino no CT Joaquim Grava. O valor devido a Depay ultrapassa R$ 4,7 milhões, referentes à premiação do Paulistão.

Medidas para melhorar o fluxo de caixa

Para melhorar o fluxo financeiro, o Corinthians busca antecipar receitas. O Conselho de Orientação aprovou no dia 14 de julho o adiantamento de R$ 30 milhões provenientes do contrato com a LFU (Liga Forte União). Em agosto, o clube deve receber cerca de R$ 50 milhões da Nike como antecipação do acordo vigente. Além disso, a diretoria tenta negociar a venda de pelo menos um jogador na atual janela de transferências, com o meia Breno Bidon como principal alvo, que pode receber uma proposta do PSV, da Holanda.

Quitação de outras dívidas

Na segunda-feira (21), o Corinthians pagou integralmente a primeira parcela de um acordo firmado junto à Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD), evitando um possível transfer ban. O principal credor, o Cuiabá, recebeu R$ 715 mil referente à dívida de cerca de R$ 18 milhões pela aquisição do volante Raniele. O pagamento inicial ao clube mato-grossense foi de R$ 150 mil, complementado no mesmo dia com o valor restante. O Alvinegro firmou um acordo em abril para pagar R$ 76 milhões a credores em 24 parcelas ao longo de seis anos, contemplando empresários, clubes e jogadores.