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Flávio Renegado lança o álbum ‘MargeNow’ com mensagem de alerta social
Sexto disco do artista belo-horizontino mistura ritmos como rap, afrobeat, bossa nova e amapiano em um manifesto contra as injustiças do mundo
O sexto álbum de Flávio Renegado, intitulado “MargeNow”, marca uma nova fase na carreira do cantor, compositor e rapper de Belo Horizonte. Com 11 faixas autorais, o disco une uma diversidade de ritmos, incluindo afrobeat, amapiano, Clube da Esquina, funk, bossa nova e rap, e foi lançado nas plataformas digitais na sexta-feira, 18 de julho.
Maturidade artística e musical
Aos 43 anos, Flávio Renegado destaca um amadurecimento pessoal e artístico. Ele afirma: “Hoje me acho um cara menos lirista, mais direto, com rimas mais objetivas, mais ácidas. Ao mesmo tempo, acredito que estou mais amoroso, mais maduro para essas angústias da vida. Quando a gente é jovem, quer mudar o mundo a todo custo. Hoje, acho que aprendi a dançar com o caos. Aprendi que não vou mudar o mundo, mas também não posso aceitar as injustiças que ele tem.”
Processo de criação e influências
As canções foram compostas ao longo dos últimos dois anos e gravadas no estúdio caseiro do artista, com produção do paulista PMM. Renegado relaciona “MargeNow” ao seu álbum de estreia “Do Oiapoque a Nova York” (2008), ressaltando a mistura rítmica e a brasilidade presente no trabalho, ainda que sem samba, mas com influências de R&B que lembram pagode com a cadência do samba.
O disco também traz elementos de drill e trap, subgêneros do rap, e o artista define seu estilo como “afrotrap”, uma fusão entre trap e candomblé que resulta em texturas musicais distintas.
Mensagem e impacto social
Flávio Renegado descreve o álbum como um manifesto e “um grito de alerta”. Ele diz: “Está na hora da gente pisar no freio. Estamos preocupados se a IA vai fazer isso ou aquilo, porém não estamos preocupados em dar bom-dia ao vizinho.”
O cantor lamenta a falta de solidariedade social: “As pessoas não estão preocupadas ao ouvir o vizinho agredindo a mulher. Elas não interferem, porque dizem que em briga de marido e mulher ninguém mete a colher. O feminicídio continua acontecendo. As pessoas permanecem virando as costas para quem deveriam estender a mão.”
Segundo ele, a sociedade regrediu após a pandemia. “Em mais de 1500 anos de Brasil, a gente não mudou quase nada. Infelizmente, as pessoas continuam invadindo e saqueando as outras culturalmente, economicamente e também psicologicamente.”
Lançamento e agenda
O álbum “MargeNow” foi lançado pelo selo Suave Records, fundado por Flávio Renegado, com distribuição pela Tratore. A pré-venda do vinil começa na sexta-feira, 25 de julho, e a turnê de lançamento passará pelas cidades mineiras de Diamantina e Itabirito, antes de chegar a Brasília. O artista promete um grande show em Belo Horizonte.