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Especialista critica lixômetro da Prefeitura de Belo Horizonte
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Especialista critica lixômetro da Prefeitura de Belo Horizonte

Pesquisadora sugere alternativas para a conscientização sobre lixo e reciclagem na capital mineira

Por Admin

02/06/2025 17:02 · Publicado há 1 dia
Categoria: Outros

Catar o lixo e apontar os responsáveis pela sujeira não basta. A ação da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) em instalar um lixômetro na praça Sete e expor à população a quantidade de lixo que é varrido todos os dias das ruas do hipercentro da capital é uma atitude ineficaz quando não se pensa em novas estratégias para reduzir a geração de resíduos na cidade.

A Proposta de um Reciclômetro

O apontamento é da cientista socioambiental e doutora em engenharia de produção Juliana Gonçalves, que há mais de 15 anos trabalha com catadores e reciclagem em Belo Horizonte. Ela sugere uma nova abordagem para o problema: um reciclômetro. “Ao invés de dizer para a sociedade ‘veja quanto lixo vocês estão jogando no chão’, e ao mesmo tempo, não fazer nada para mudar, que tal fazer, ‘veja quanto já reciclamos?’ e mostrar o destino daquele lixo. Só catar e não fazer nada é ineficaz. As pessoas precisam saber, qual é o encaminhamento desse lixo? Qual é a proposta para reduzir a quantidade de lixo jogado no chão? Senão, fica uma performance solta, vazia”, critica a pesquisadora.

Críticas à Intervenção Atual

Juliana ressalta que as caixas de acrílico transparente instaladas no canteiro central representam uma forma moralista de acusar a sociedade pelas toneladas de lixo, que nem as quatro varrições diárias (no mínimo) e as 90 lixeiras que estão presentes nos quatro quarteirões da praça são suficientes para esconder. Ela sugere que seria mais eficaz trabalhar com campanhas educativas permanentes sobre a rota do lixo, desde a coleta até a reciclagem, além da criação de políticas públicas que regulem a produção de lixo.

Estatísticas de Lixo em Belo Horizonte

Juliana destaca que a coleta de lixo é uma questão que precisa de inovação: “Vejo essa intervenção há dez anos. Temos o mesmo sistema de coleta de resíduos há 30 anos. Mesmo sistema, mesmas estratégias. Não tem tecnologia, não tem inovação. Fazer uma ação durante uma semana do ano, esperando mudança, não dá. Temos que fazer muito mais”, afirma.

Os dados da PBH reforçam a opinião da especialista: todos os dias são coletadas 2.280 toneladas de lixo, incluindo resíduos domiciliares (1.795 toneladas), de varrição e capina (123 toneladas) e de decomposições clandestinas (300 toneladas). A regional Centro-Sul de BH é a que mais produz lixo na cidade.

Propostas para Redução de Resíduos

Juliana enfatiza a necessidade de vincular essa questão a políticas públicas que regulem a geração do lixo. “O primeiro ponto é evitar gerar resíduos. Se eu tenho grandes eventos na cidade, que foram liberados, fiscalizados, responsabilizados pelos seus resíduos, temos que ter políticas que vão dar destinação e uso para esse lixo. Além disso, incentivar à população a reciclagem, mostrando que o lixo que ela separou teve uma boa destinação, teve um trabalho. Essa é a minha proposta”, conclui.

Resposta da Prefeitura

Em resposta, a PBH informou que existe uma coleta especial para resíduos de origem comercial e que penalidades são aplicadas apenas para quem descarta resíduos indevidamente nas vias públicas, conforme as leis 10.534 e 10.522 de 2012, com multas que variam de R$2.400 a R$10.500. A prefeitura também detalhou que os resíduos podem ser encaminhados à Central de Tratamento de Resíduos Macaúbas, em Sabará, ou a cooperativas de reciclagem.

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