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Conflito no Conclave Pode Impedir Cardeal Brasileiro de Votação
Mudanças nas normas eleitorais da Igreja geram polêmica entre cardeais, afetando a presença de representantes do Brasil.
Em 1975, o então papa Paulo VI estabeleceu normas para o conclave, fixando o número máximo de cardeais eleitores em 120, desde que tivessem menos de 80 anos. Posteriormente, a Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis, promulgada por João Paulo II em 1996, reafirmou essa diretriz. Contudo, João Paulo II considerou que essa orientação era prática e não um dogma imutável. Em 2003, com João Paulo II ainda no papado, o número de cardeais eleitores foi elevado para 135.
Alterações de Francisco e o Debate Atual
No papado de Francisco, o número de cardeais eleitores cresceu, com 80% dos atuais votantes nomeados por ele. Essa mudança abre a possibilidade de um conclave que eleja um papa com uma visão mais alinhada à de Francisco, que é considerado progressista. No entanto, cardeais conservadores, como Raymond Leo Burke e Robert Sarah, podem questionar esta alteração, defendendo a exclusão de 15 cardeais que ultrapassam o limite anterior de 120.
Implicações para o Cardeal Brasileiro
Entre os cardeais que poderiam ser excluídos, está dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre e presidente da CNBB, que foi nomeado por Francisco em dezembro de 2024. A proposta de eliminação dos 15 cardeais recentes geraria grande controvérsia, uma vez que muitos dos excluídos têm vínculos diretos com o pontificado atual.
Questões Legais e Éticas
A situação se complica ainda mais com o caso do cardeal italiano Giovanni Angelo Becciu, que, acusado de fraude e desvio de doações, foi afastado de suas funções e impedido de participar do conclave. Becciu, que já atuou em cargos importantes na Cúria Romana, expressou a intenção de participar do conclave, apesar das restrições legais.