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"Pecadores" apresenta Michael B. Jordan interpretando gêmeos opostos
Filme do diretor Ryan Coogler estreia nesta quinta-feira (17/4) e entrelaça opressão racial nos EUA a uma narrativa vampírica.
Michael B. Jordan interpreta os irmãos gêmeos Fumaça e Fuligem, que abrem um clube de blues no Mississippi, na década de 1930, no longa-metragem de Ryan Coogler, que estreia hoje.
Contexto e Lenda
Uma das lendas mais fascinantes do mundo da música envolve o pai do delta blues, Robert Johnson (1911-1938). O mito, que persiste quase cem anos após sua morte, afirma que o jovem músico do Mississippi teria feito um pacto com o diabo em uma encruzilhada à meia-noite. Segundo a lenda, Johnson entregou seu violão ao demônio, que o afinou e tocou algumas notas antes de devolvê-lo. Em troca, ele teria ganho habilidades musicais sobrenaturais.
Sinopse do Filme
Ambientado no Mississippi de 1932, o longa acompanha Fumaça e Fuligem, veteranos da Primeira Guerra Mundial e ex-gângsteres de Chicago, que retornam à sua cidade natal para abrir um clube de blues voltado à comunidade negra. Na época, a segregação racial era forte, e as leis eram rigorosas, promovendo o apartheid racial no Sul dos EUA, onde a ameaça da Ku Klux Klan era constante.
Forças Sobrenaturais
O clube de blues torna-se um espaço de resistência, e a principal atração da noite é o jovem Sammy Moore (Miles Caton), primo dos gêmeos, cuja performance musical extraordinária atrai forças sobrenaturais. O filme transforma-se em uma espécie de “Nosferatu” no contexto da opressão racial, explorando temas de marginalização e a luta por reconhecimento.
Temas e Recepção
Ryan Coogler, reconhecido por sua filmografia engajada e preocupações raciais, mantém essa tônica em “Pecadores”. Ele busca retratar o Sul dos EUA com dignidade e complexidade, evitando estereótipos. No entanto, algumas questões sutis podem ser ofuscadas pelas cenas de ação e violência. Apesar disso, a produção conseguiu uma impressionante aprovação de 99% no Rotten Tomatoes, destacando a performance de Michael B. Jordan como os gêmeos, que trazem personalidades distintas para a tela.
Conclusão
“Pecadores” não é apenas um filme de terror, mas uma reflexão sobre história e fé, ressignificando a música negra como ferramenta de resistência e arte. Com a estreia nos cinemas, a produção promete atrair o público e fomentar discussões sobre suas camadas mais profundas.