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Prefeitura de BH Confisca Ombrelones de Concorrente da Ambev
Dono de bar na Praça Tiradentes denuncia apreensão de guarda-sóis por fiscais da prefeitura.
A polêmica envolvendo o contrato de exclusividade firmado entre a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e a Ambev ganhou um novo capítulo na manhã deste sábado (15 de fevereiro), 1º dia da programação oficial do Carnaval 2025 da capital mineira.
Denúncia do Proprietário
O dono de um bar localizado na tradicional praça Tiradentes, no cruzamento das avenidas Brasil e Afonso Pena, denunciou que teve seis ombrelones (guarda-sóis) confiscados por fiscais da prefeitura por terem a marca de uma concorrente da gigante das bebidas. Por nota, a PBH negou relação com contrato firmado com a marca para o período carnavalesco.
Apreensão dos Materiais
Segundo a denúncia do proprietário do bar "Porks", Diogo Manfredini, os itens estavam estampados com a marca de uma cerveja que não faz parte do cardápio da Ambev, que é a patrocinadora master da folia, e que tem direito exclusivo de venda em algumas vias da cidade. O empresário afirmou que os fiscais não deram a opção para a retirada dos equipamentos e os confiscaram. "Às 9h30, estávamos montando a praça, e os fiscais chegaram já recolhendo meus ombrelones. Pedimos para conversar, eles viram meu alvará, falaram que minha documentação estava correta, mas que os ombrelones seriam levados. Eu pedi para guardar, mas eles não deixaram. Jogaram no caminhão, eu tentei tirar, mas levaram", relatou o proprietário.
Justificativa da Prefeitura
A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) foi procurada e informou, por nota, que a ação que culminou na apreensão dos materiais faz parte de uma ação fiscal educativa "sem relação com as regras estipuladas para o período carnavalesco", iniciada ainda na sexta-feira (14) em diversos estabelecimentos da região Centro-Sul da capital. "Durante a abordagem, o referido estabelecimento foi orientado sobre a necessidade da retirada de ombrelones em logradouro público com engenho de publicidade que não possuíam licença. O estabelecimento comercial tem licença para mesas e cadeiras, mas não para engenhos de publicidade. Essa licença deve ser emitida pelo Município em qualquer época do ano", escreveu o município.
Impacto do Patrocínio da Ambev
No Carnaval de 2025, a Ambev retoma o patrocínio em Belo Horizonte — abandonado em 2023 e 2024 — e investe R$ 5,9 milhões na folia da capital. Parte do acordo da empresa com a prefeitura determina que, em alguns pontos da cidade, as únicas cervejas que poderão ser vendidas serão as da patrocinadora, como ocorreu em outros Carnavais. A medida não inclui outras bebidas já populares ou que tentam a sorte na festa, como Xeque Mate, Lambe Lambe, Xá de Cana, Stone Light, Gingibre, Rubra e Veneta, que podem ser vendidas. Mas, segundo fabricantes mineiros, o anúncio da exclusividade tem causado confusão entre ambulantes e ameaçado as vendas.