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Feira literária com Jean Wyllys reforça segurança por movimentação suspeita
Evento na Flip em Paraty recebe reforço na segurança após identificação de ações suspeitas no local durante lançamento do livro do ex-deputado
O ex-deputado federal Jean Wyllys participou da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) em um evento marcado por medidas reforçadas de segurança, motivadas por movimentações consideradas suspeitas no espaço onde ele se apresentaria.
Chegada e lançamento do livro
Wyllys, filiado ao PT do presidente Lula, chegou à cidade para lançar a coletânea de contos "O anonimato dos afetos escondidos", que aborda temas como corpos dissidentes, negros, pobres e LGBTQIAPN+.
Medidas de segurança reforçadas
Desde o convite ao autor, que saiu do país em 2019 devido a ameaças de morte, a organização do evento designou três seguranças e adotou a venda controlada de ingressos pela plataforma Sympla para limitar a entrada do público. No dia da apresentação, o nível de segurança foi elevado para o nível três. Houve relatos de um homem vestindo uma camisa com símbolos ligados ao bolsonarismo circulando pelo local e tirando fotos.
Em resposta, a proteção foi ampliada, com a contratação de mais um segurança, uso de detector de metais na entrada, revistas obrigatórias e limitação rigorosa do público. Além disso, uma segunda pessoa foi posicionada na porta para impedir novas entradas após o início do evento.
Tensão e debate durante a Flip
Antes da mesa com Wyllys, a organização percebeu uma movimentação estranha, como pessoas vestindo camisas de extrema direita e carros passando pela cidade com bandeiras do Brasil, aumentando a tensão no local.
Durante um debate na Casa Paratodos, Wyllys foi questionado por um homem sobre suposta tirania do governo Lula e alegações de fraude nas urnas eleitorais, discursos alinhados aos posicionamentos do ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores. Wyllys rebateu citando a naturalização da retórica nazista na Alemanha antes da Segunda Guerra Mundial e estranhou quando o homem afirmou não ser de esquerda nem de direita.
Retorno ao Brasil e contexto político
Jean Wyllys renunciou ao mandato em 2019, logo após a posse de Bolsonaro, alegando falta de garantias para sua segurança devido a ameaças e ataques homofóbicos, incluindo do próprio Bolsonaro e familiares. Ele retornou ao Brasil em 2023, após Lula iniciar seu terceiro mandato como presidente.