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Justiça aceita denúncia de racismo contra jogadoras do River Plate
Quatro atletas são acusadas de atos racistas durante a Ladies Cup
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) aceitou nesta quinta-feira, 30 de janeiro, a denúncia do MP-SP (Ministério Público de São Paulo) contra quatro jogadoras do River Plate. As atletas foram detidas após uma polêmica durante a semifinal da Ladies Cup, em um jogo contra o Grêmio, que foi interrompido no primeiro tempo devido a gestos racistas.
Contexto do Caso
As jogadoras Juana Cangaro, Camila Ayelen Duarte, Candela Agustina Diaz e Milagros Naiquen Diaz enfrentam acusações de racismo dirigidas ao gandula Kayque Rodrigues e à jogadora adversária Stephanie de Brito Cerqueira. O incidente ocorreu no dia 20 de dezembro, no Estádio do Canindé, em São Paulo, durante uma partida em que o Grêmio empatou o jogo.
Desdobramentos Legais
A juíza Manoela Assef da Silva, da 15ª Vara Criminal, recebeu a denúncia na última segunda-feira (27). O pedido de autorização para que as jogadoras retornassem à Argentina foi negado. Após serem detidas, as atletas passaram a noite na prisão, que foi convertida em preventiva, mas foram liberadas com a obrigatoriedade de permanecer no Brasil.
Acusações Específicas
A promotoria alega que Candela fez gestos imitando um macaco e ofendeu Kayque com palavras racistas. Além disso, Milagros teria cuspido no gandula, enquanto Camila afirmou que ele “não passaria disso, porque é preto”. Juana também teria xingado Kayque, chamando-o de gorila. Stephanie, ao intervir, foi alvo de ofensas racistas.
Consequências e Reações
A partida foi encerrada precocemente, e o River Plate foi excluído da competição. Tanto o Grêmio quanto o River publicaram notas repudiando os atos discriminatórios. O MP-SP solicitou que cada jogadora pague 30 salários mínimos por danos morais ao gandula e à jogadora do Grêmio e 50 salários mínimos cada por danos morais coletivos.
Próximos Passos
A audiência de instrução está marcada para o dia 7 de julho, às 13h30, e a defesa das jogadoras foi contatada, mas não respondeu até a publicação desta matéria.