O espetáculo "Prazer", um dos mais importantes da Cia Luna Lunera, retorna aos palcos neste fim de semana no Teatro Marília, em Belo Horizonte. A peça, que estreou em 2012 em São Paulo e em 2013 em BH, onde inaugurou o teatro do CCBB-BH, não era encenada há sete anos.

Histórico e elenco

Fundada em 2001 por formandos do Curso de Teatro do Cefart, a Luna Lunera traz de volta o elenco original da montagem: Odilon Esteves, Marcelo Soul, Isabela Paes e Cláudio Dias. Dois dos atores, Odilon e Isabela, atualmente moram fora de Belo Horizonte, mas voltam para esta temporada especial. Odilon Esteves está em São Paulo, onde recentemente lançou a novela "Guerreiros do sol" no Globoplay, e Isabela Paes vive na França.

Enredo e produção

"Prazer" nasceu a partir de um fragmento da obra "Uma aprendizagem ou o Livro dos Prazeres", de Clarice Lispector, e acompanha a história de quatro amigos que se reencontram após muito tempo. Três vivem fora do Brasil e um deles, que ficou, decide deixar tudo para viajar pelo mundo. O reencontro traz fricções e desafios, mas também momentos de alegria simples e afetos reencontrados, como uma cena em que assam pão de queijo na cozinha.

A produção conta com dramaturgia e direção coletiva, com colaboração de Zé Walter Albinati, além de projeções visuais assinadas por Eder Santos e manipulação de objetos. O trabalho teve como ponto de partida uma residência artística na Dinamarca, no Odin Teatret, em parceria com a atriz Roberta Carreri. Outros colaboradores foram o dramaturgo Jô Bilac e o coreógrafo Mário Nascimento para a movimentação cênica.

Apresentações e futuro

As três apresentações de "Prazer" fazem parte da 7ª Expedição Lunar, projeto de circulação dos espetáculos da Luna Lunera, que em 2025 passou por várias cidades de Minas Gerais como Uberlândia, Uberaba, Divinópolis, Barbacena e Juiz de Fora. A temporada em BH será de 1º a 3 de agosto, com sessões na sexta e sábado às 20h e no domingo às 19h, no Teatro Marília, localizado na Avenida Alfredo Balena, 586, Santa Efigênia. Os ingressos custam R$ 40 e R$ 20 (meia), vendidos na bilheteria e pelo Sympla.

Cláudio Dias, um dos atores, afirma que o reencontro é também entre amigos atores, com muita emoção e redescoberta de afetos durante os ensaios. Embora, por enquanto, a peça tenha temporada limitada, ele não descarta a possibilidade de uma nova temporada em 2026, quando a companhia completará 25 anos.