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Medidas do Brasil para enfrentar tarifa dos EUA em 2024
Governo brasileiro e setor privado estudam estratégias para responder à sobretaxa de 50% anunciada pelo governo Trump
A poucos dias do início da vigência da sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros imposta pelo governo dos Estados Unidos, o Brasil está preparando diversas medidas para enfrentar esse impacto comercial. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ressaltou que o governo está avaliando diferentes cenários para reagir a essa possível taxação, mantendo o compromisso de diálogo internacional e proteção da economia brasileira sem romper as relações com os EUA.
Fundo de apoio para empresas afetadas
Uma das medidas em análise é a criação de um fundo privado temporário para conceder crédito a empresas e setores impactados pela sobretaxa. Ainda em fase de definição, esse fundo poderá exigir que as empresas comprovem a perda de receita causada pela taxação, garantindo que os recursos sejam destinados a quem realmente sofreu prejuízos, inclusive considerando a dependência comercial com os EUA.
Negociações diretas nos Estados Unidos
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, planeja formar uma comitiva interministerial para negociar diretamente com autoridades norte-americanas. A intenção é buscar um acordo comercial, afastando a discussão dos aspectos políticos, e propor a eliminação de barreiras tarifárias contra produtos americanos. Também está em estudo a possibilidade de negociar um adiamento de até 90 dias para a aplicação das tarifas, possibilitando que contratos e embarques em andamento sejam ajustados.
Prorrogação do prazo e fortalecimento de parcerias comerciais
Além do pedido de adiamento do início da sobretaxa, defendido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e empresários, o governo busca ampliar e fortalecer as relações comerciais com outros parceiros internacionais. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, destacou o interesse em acelerar o acordo de livre comércio entre União Europeia e Mercosul, além de consolidar alianças com países como Canadá e México para reduzir a dependência do mercado americano.
Tributação sobre empresas de tecnologia americanas
O presidente Lula declarou a intenção de aumentar a tributação sobre empresas digitais americanas no Brasil, especialmente aquelas que demonstram lentidão na remoção de conteúdos inadequados. Esta iniciativa tem paralelo com regras vigentes para empresas de telefonia e internet sob controle da Anatel. Lula também ressaltou a necessidade de controle sobre as redes sociais para evitar agressões disfarçadas de liberdade de expressão.
Diálogo com importadores e preparação para sanções
O governo brasileiro e empresários do agronegócio planejam sensibilizar importadores americanos para os efeitos negativos das sobretaxas sobre os consumidores dos EUA, focando em produtos essenciais como carne bovina, suco de laranja e café. Paralelamente, bancos e instituições financeiras brasileiras já buscam orientação jurídica para se protegerem de possíveis sanções do governo americano, incluindo restrições de relacionamento com instituições financeiras dos EUA.