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Tarifa de Trump paralisa exportação de pescados brasileiros
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Tarifa de Trump paralisa exportação de pescados brasileiros

Sobretaxa de 50% anunciada pelos EUA afeta embarques e gera paralisação em portos brasileiros

Por Admin

12/07/2025 12:30 · Publicado há 13 dias
Categoria: Economia

A exportação de pescados do Brasil foi paralisada devido à sobretaxa de 50% imposta pelos Estados Unidos. Um dia após o anúncio do presidente americano Donald Trump, 58 contêineres frigoríficos com aproximadamente mil toneladas de peixes deixaram de ser embarcados para o mercado norte-americano.

Impacto nos Portos e no Setor

Os contêineres estão distribuídos em portos como Salvador (BA), Pecém (CE) e Suape (PE), aguardando definições sobre a aplicação da tarifa. Segundo a Abipesca (Associação Brasileira das Indústrias de Pescados), o setor enfrenta uma situação crítica, com suspensão dos embarques iniciada pelos próprios compradores americanos, que ainda não sabem o valor final a ser pago pelos produtos.

O presidente da Abipesca, Eduardo Lobo Naslavsky, afirmou: "A verdade é que o setor está desesperado, porque tudo parou nas exportações e isso vai se complicar ainda mais, se não houver uma solução urgente. A suspensão dos embarques partiu dos próprios compradores, porque ainda não sabem quanto pagarão pelos pescados".

Dificuldades na Negociação

Naslavsky explicou que não houve cancelamento dos pedidos, mas que os embarques estão suspensos devido à incerteza sobre os preços com a nova tarifa. Os importadores americanos procuram renegociar valores, criando um impasse: "A depender do valor, eles querem renegociar. Está colocado o impasse".

O tempo médio de transporte marítimo até os EUA é de 18 a 20 dias, tornando inviáveis novas remessas enquanto a situação não se resolve.

Relevância do Mercado Americano

O setor pesqueiro brasileiro movimenta cerca de R$ 20 bilhões por ano, com aproximadamente US$ 600 milhões em exportações. Os Estados Unidos são o principal destino, absorvendo entre 70% e 80% das exportações brasileiras, já que outros mercados, como a União Europeia, permanecem restritos desde 2017 por questões sanitárias.

Produtos como tilápia, lagosta e atum de profundidade são altamente direcionados ao mercado americano. Naslavsky destacou a importância dos EUA para o setor: "O mercado americano é prioridade máxima. O setor hoje clama para que o governo tenha cautela, que vá para a mesa falando de economia e de números, que tire a politização da discussão e que peça ao governo americano 90 dias de adequação, que é o tempo suficiente para que a gente consiga escoar pelo menos o que está dentro de casa e que a gente consiga desacelerar toda a máquina de exportação com calma, para que os prejuízos sejam mitigados".

Consequências Econômicas e Sociais

A cadeia produtiva gera 5.900 empregos diretos nas indústrias e cerca de 38 mil empregos indiretos, incluindo pescadores artesanais e aquicultores familiares.

Naslavsky ressaltou que o mercado interno brasileiro não tem capacidade para absorver toda a produção destinada aos EUA, devido aos altos custos já embutidos: "O preço vai ficar inexequível, porque é um produto inelástico. Se eu tenho um produto que eu preciso vender por 50 e ofereço ele por 25, eu posso até ter uma reação do mercado no primeiro momento, mas eu não vou ter reposição, porque isso não se sustenta".

Ele conclui: "Não gera possibilidade de nova captura. A conta não fecha. O Brasil fica inviabilizado para as exportações."

Contexto Mais Amplo do Agronegócio

O agronegócio brasileiro vive clima de tensão diante da medida dos EUA, aguardando uma solução diplomática. O governo brasileiro cogita aplicar o princípio da reciprocidade, aumentando tarifas sobre produtos americanos.

Setores como o de suco de laranja, carne e café também demonstram preocupação com o impacto da sobretaxa americana, que pode inviabilizar exportações para os EUA, principal mercado para esses produtos.

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) declarou que a medida "representa um alerta ao equilíbrio das relações comerciais e políticas entre os dois países" e que "a nova alíquota produz reflexos diretos e atinge o agronegócio nacional, com impactos no câmbio, no consequente aumento do custo de insumos importados e na competitividade das exportações brasileiras".

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