Uma pessoa faleceu devido à febre amarela em Minas Gerais em 2025, conforme anunciado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) nesta segunda-feira (3/1). O paciente residia em Extrema, uma cidade no Sul do estado, e as autoridades ainda estão investigando o local exato de contaminação.

Casos Notificados

Este é o segundo caso confirmado da doença neste período sazonal, que abrange as notificações de julho de 2024 a junho de 2025. O primeiro caso foi reportado ao Governo de Minas em 7 de janeiro deste ano, envolvendo um homem de 65 anos de Camanducaia, também no Sul do estado. Ele está internado em um hospital em São Paulo, onde recebe tratamento oncológico para um linfoma, mas não apresenta risco de morte.

Investigações e Alerta

As investigações indicam que a contaminação pode ter ocorrido em um sítio próximo à cidade de Itapeva. O governo estadual já havia classificado a região como uma “área de epizootia”, onde houve a contaminação de um número significativo de animais, podendo resultar, ou não, em mortes.

Recomendações de Saúde

Minas Gerais é uma das quatro unidades da federação sob alerta devido ao aumento na transmissão da febre amarela. O Ministério da Saúde emitiu uma nota técnica no domingo (2/2), recomendando que as secretarias de saúde intensifiquem as ações de combate à febre amarela.

Importância da Vacinação

A vacinação é considerada a principal estratégia de combate à febre amarela. O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza a vacina em todas as Unidades Básicas de Saúde do estado. Até 1º de novembro, a cobertura vacinal em Minas era de 86,27% entre o público-alvo, que são crianças menores de 1 ano. Em Itapeva, 83,3% do grupo se vacinou, mas o Ministério da Saúde estipula uma meta de 95%.

Características da Doença

A febre amarela no Brasil atualmente é transmitida de forma silvestre, sendo os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes os principais vetores. O ciclo urbano da doença não é registrado desde 1942, e todos os casos confirmados desde então foram em áreas florestais ou rurais. A doença é endêmica na região amazônica, mas pode ocorrer em outras áreas quando as condições são favoráveis, como altas temperaturas e baixa cobertura vacinal.