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David Diop, autor premiado, participa de debate em Belo Horizonte
Escritor franco-senegalês discute ancestralidade poética nesta segunda-feira no Teatro João Ceschiatti
David Diop, renomado escritor conhecido por abordar o colonialismo em suas obras, participa hoje, segunda-feira (21/7), de um debate em Belo Horizonte. O evento ocorre no Teatro João Ceschiatti, onde o autor discutirá temas relacionados à ancestralidade poética, em uma conversa com o mineiro Ricardo Aleixo, promovida pelo projeto Sempre um Papo.
Carreira e Reconhecimento
Autor dos romances "Irmão de alma" e "A porta da viagem sem retorno", Diop é um acadêmico franco-senegalês que ganhou destaque internacional ao ser o primeiro autor francês e de ascendência africana a vencer o prêmio International Booker, em 2021. Seu livro "Irmão de alma", lançado no Brasil pela editora Nós em 2020, narra a história de dois soldados senegaleses nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial, abordando a escassez de informações sobre os africanos que lutaram pela França.
Temas e Influências
Com seu segundo livro editado no Brasil, "A porta da viagem sem retorno" (2021), Diop explora histórias pouco contadas sobre o passado colonial e os impactos da guerra, focando na viagem do naturalista francês Michel Adanson ao Senegal e discutindo o tráfico de pessoas escravizadas. Segundo o autor, a literatura, especialmente o romance, tem o poder de desafiar preconceitos e revelar a complexidade humana de forma mais eficaz que a política.
Participação e Evento em Belo Horizonte
Além da participação no debate, David Diop irá autografar seus dois romances publicados no Brasil. O evento é gratuito e ocorre às 19h30 no Teatro João Ceschiatti, no Palácio das Artes (Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro). O escritor ressaltou a importância dos romances para questionar preconceitos e incentivar a reflexão sobre histórias e sentimentos que muitas vezes são ignorados ou mal compreendidos.
Reconhecimento Literário
Em destaque na orelha do livro "Irmão de alma", o mineiro Edimilson de Almeida Pereira afirmou que "Diop infiltra o olhar da literatura nas frestas dos eventos parcialmente elucidados pela investigação histórica e sociológica". Já "A porta da viagem sem retorno" foi elogiado por revelar convergências entre o continente africano e a diáspora, ressaltando que "não existem fatos, só existem histórias", conforme a epígrafe de João Ubaldo Ribeiro.