A 26ª Parada do Orgulho LGBTQIAPN+ de Belo Horizonte, realizada no domingo (20), reuniu milhares de pessoas na região Centro-Sul da capital mesmo diante da redução do orçamento inicial para o evento. A ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo (PT), participou e conversou com a TV Sim Brasil, destacando o significado político e simbólico da manifestação.

Força, luta e resistência da população LGBTQIAPN+

Macaé Evaristo ressaltou que a Parada é um exemplo de força, resistência e luta da população LGBTQIAPN+. Ela explicou que o evento serve não apenas para exibir a potência do grupo, mas principalmente para exigir respeito, dignidade e políticas públicas adequadas. "Esse ano trazendo um tema muito importante para toda a sociedade brasileira, que é o tema do envelhecimento, da necessidade das pessoas terem direito a um envelhecimento saudável e com dignidade", afirmou a ministra.

A temática da edição de 2025 foi "Envelhecer Bem: Direito às Políticas Públicas do Bem Viver, ao Prazer e à Cidade", enfatizando a importância de cuidar da população LGBTQIAPN+ idosa, frequentemente invisibilizada social e institucionalmente.

Decisão judicial e corte de verba pública

Na semana anterior ao evento, uma decisão judicial determinou a redução do repasse da Prefeitura de Belo Horizonte para o evento, liberando apenas R$ 100 mil dos R$ 450 mil inicialmente previstos. A medida ocorreu após ação de um vereador da capital e colocou em risco a realização da Parada, que foi mantida após uma decisão liminar.

Sobre essa questão, a ministra declarou: "A parada sempre aconteceu enfrentando a diversidade. O debate que precisamos fazer é o debate do direito das pessoas e da destinação do orçamento público. Todas as pessoas, independente da sua orientação sexual, da sua religião, independente do seu local de origem, fazem jus ao orçamento público."

Ela acrescentou que todas as pessoas contribuem com impostos e têm direito a serem contempladas nas políticas públicas. "Eu acho que isso é um empecilho que será superado, com certeza. Belo Horizonte é uma cidade solidária, fraterna e que respeita, tanto é que essa parada já é a 26ª", concluiu.