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Museu em Xangai inaugura exposição póstuma de Sebastião Salgado
Mostra reúne mais de cem fotografias do renomado fotógrafo mineiro, destacando suas principais séries e trajetória artística
O Museu Fotografiska, em Xangai, na China, inaugura nesta sexta-feira (18/7) uma exposição póstuma reunindo mais de cem fotografias do fotógrafo mineiro Sebastião Salgado, que faleceu em Paris, em maio deste ano. A mostra é uma homenagem à sua obra, considerada um registro humanista e de profunda esperança, mesmo diante das adversidades da vida.
Sobre a exposição
Jean-Luc Monterosso, curador francês da exposição, destaca que Salgado "disse tudo em seu trabalho fotográfico". "Ele escreveu que toda a sua vida foi fotografia. Há muita humanidade e muita esperança, apesar de tudo. Mesmo que ele tenha fotografado a tragédia, as dificuldades da vida", afirma. Christian Devillers, diretor do Museu Fotografiska, acrescenta que a mostra, sendo a primeira grande retrospectiva após a morte do artista, dedica mais atenção ao homem e seu destino extraordinário.
Conteúdo e organização
A exposição apresenta quase todas as fases da carreira de Salgado, com exceção do trabalho "Amazônia" de 2021. Entre as séries exibidas estão "Trabalhadores", "Outras Américas", "Êxodos", "Gênesis" e "Perfume de sonho". A curadoria, conduzida por Lélia Salgado, esposa do fotógrafo, organiza as obras em ordem cronológica inversa, permitindo que o público acompanhe uma viagem no tempo para compreender melhor o artista.
Mensagem e impacto
Monterosso define a exposição como uma análise da condição humana e do mundo, mesclando tragédia social e beleza. Ele explica que Salgado começou como um fotógrafo social, não focado na estética, mas sempre respeitando a dignidade das pessoas retratadas. Com o tempo, seu olhar tornou-se mais sensível ao futuro do planeta, refletindo seu compromisso com a contemporaneidade.
Detalhes e características das fotografias
Devillers ressalta que os guias impressos e em áudio da mostra contextualizam as fotos, explicando as circunstâncias e histórias que envolvem cada imagem. Ele destaca qualidades como "contrastes marcantes, iluminação dramática e composição meticulosa", que conferem às fotos uma qualidade atemporal, unindo realismo documental e arte sublime. Muitas imagens foram feitas em condições desafiadoras, com longas viagens e recursos limitados.
Destaques da exposição
Um dos destaques é uma fotografia captada em Xangai em 1998, mostrando mulheres dançando no Bund, área financeira histórica da cidade, com o distrito de Pudong ao fundo, símbolo do desenvolvimento chinês. Devillers comenta que Salgado tinha profunda admiração pela China.