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Presidente afastado do Corinthians questiona conclusão da polícia no caso VaideBet
Augusto Melo apresenta laudo de professor da USP que contesta versão policial sobre intermediários do contrato de patrocínio com a VaideBet
O presidente afastado do Corinthians, Augusto Melo, apresentou um laudo elaborado por um professor da USP para questionar a conclusão da Polícia Civil de São Paulo referente aos intermediários do contrato de patrocínio do clube com a VaideBet, no valor de R$ 360 milhões.
O contrato de patrocínio e as suspeitas
O patrocínio foi anunciado em janeiro de 2024, mas foi rompido pela casa de apostas após cinco meses, quando surgiram suspeitas sobre o destino da comissão recebida na negociação. Segundo a polícia, a empresa Rede Social Media Design Ltda, que teria recebido R$ 25,2 milhões de comissão, não atuou como intermediária e teria sido incluída na transação para desviar e lavar esse dinheiro. O proprietário da empresa é Alex Cassundé, empresário ligado a Augusto Melo.
Indiciamento e suspeitos apontados pela polícia
Augusto Melo foi indiciado por furto, lavagem de dinheiro e associação criminosa. A investigação apontou que os verdadeiros intermediários da aproximação entre Corinthians e VaideBet foram Antônio Pereira dos Santos, conhecido como Toninho Duettos, e Sandro dos Santos Ribeiro. Os dois concederam entrevista ao programa Fantástico no final de junho, afirmando pela primeira vez que participaram da intermediação. Eles declararam que cobrariam 7% do valor do contrato, mas teriam sido excluídos e perdido a comissão para a empresa de Cassundé.
Movimentação de valores e defesa de Augusto Melo
O inquérito indicou que parte dos R$ 1,4 milhão pagos em comissão à Rede Social Media Design foi repassada a outras contas, algumas relacionadas a laranjas. Em resposta, a defesa de Augusto Melo entregou à Polícia Civil um parecer técnico assinado por Manuel Enríquez Garcia, professor sênior da USP e presidente da Ordem dos Economistas do Brasil.
Questionamento do laudo técnico
O documento elaborado por Garcia contesta a versão de que Duettos e Ribeiro foram os verdadeiros intermediários do contrato. O laudo destaca que o intervalo de dezoito meses entre a assinatura do contrato e as declarações dos dois sobre sua participação não condiz com a "racionalidade econômica". Segundo o professor da USP, “é absolutamente incompatível com a lógica de mercado que supostos responsáveis por intermediar o maior contrato de patrocínio da história de um clube de futebol permaneçam em silêncio por dezoito meses, abrindo mão dos efeitos positivos reputacionais e ainda desta fortuna em dólares”.
