O Governo do Paraná decidiu estender por mais 180 dias o período de emergência fitossanitária para o combate ao greening (HLB) no estado. O decreto, publicado na última segunda-feira (30), permite que o controle da doença continue com maior agilidade e efetividade, mantendo medidas rígidas desde 2023.

Contexto

O greening, considerada uma das principais ameaças aos pomares de citros, tem sido combatido no Paraná por meio de um conjunto de ações: orientação aos produtores, erradicação de plantas doentes, plantio de mudas sadias e controle do inseto vetor. Essas iniciativas já trouxeram resultados positivos nas regiões Norte e Noroeste do estado nos anos anteriores, e o foco atual está no Vale do Ribeira, uma importante região produtora de ponkan.

Fiscalização e orientação

A Operação Big Citros inicia uma nova etapa de fiscalização, levando técnicos da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) para propriedades em Doutor Ulysses e Cerro Azul, onde vão orientar produtores a identificar plantas doentes e realizar o corte das mudas atingidas. Além disso, a Adapar realizou reuniões informativas com agricultores na Central de Abastecimento do Paraná (Ceasa), em Curitiba, para esclarecer a identificação dos sintomas do HLB.

Monitoramento e efeitos do greening

Até o momento, apesar de casos confirmados de plantas doentes, as equipes de fiscalização não encontraram o psilídeo – inseto vetor da doença – na região. Mesmo assim, armadilhas foram instaladas em diversos pontos para monitoramento e controle do inseto.

O greening provoca sérios prejuízos às plantas cítricas, causando queda precoce dos frutos e queda da produção, podendo levar até à morte das árvores. Os frutos afetados se tornam menores, deformados, com sementes abortadas, menor teor de açúcares e acidez elevada, o que prejudica o sabor e reduz o valor comercial, tanto para consumo direto quanto para processamento.