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Ambulantes expressam descontentamento com a exclusividade da Ambev no Carnaval de BH
Vendedores relatam queda nas vendas e dificuldade em competir com preços estabelecidos pela patrocinadora.
No Carnaval de Belo Horizonte, ambulantes estão insatisfeitos com a exclusividade que a Ambev recebeu após o patrocínio do evento. Mesmo em blocos que atraem milhares de foliões, como o CarnaKvsh, realizado no dia 23 de fevereiro, os vendedores relatam um movimento abaixo do esperado.
Reclamações dos Vendedores
Vendedores ambulantes mencionam a concorrência acirrada e a dificuldade de realizar vendas em meio à exclusividade da Ambev. A vendedora Jaqueline Cardoso afirmou: “Tem vários cortejos, mas o pessoal vai para blocos específicos e fica muito ambulante, um em cima do outro. Eu acho que não está bom, poderia estar melhor, né? Para vender também não está bom. É muita, muita concorrência.”
Desafios de Preço
A insatisfação também se estende à questão dos preços. Jaqueline continuou sua crítica: “Tem gente que vende mais barato, mas eu não concordo, porque a gente rala muito para entregar de graça, a preço de banana. Não existe isso, gente. E esse ano piorou.” Por outro lado, a vendedora Franciele do Nascimento comentou sobre a necessidade de descontos: “O movimento está bem ruim, mas a gente sabe que o Carnaval esse ano foi mais longo do que o do ano passado, são 23 dias.”
Apreensão de Mercadorias
Cláudio Antônio Rodrigues, um ambulante, expressou preocupação com a legalidade da venda de suas mercadorias, afirmando: “Vão apreender a mercadoria da gente? Essa mercadoria foi comprada com o meu dinheiro, e eu vou ter que dar ela para a prefeitura porque não é da AMBEV?” Sua esposa, Clélia Rodrigues, reforçou que, apesar da concorrência maior, a situação parece mais difícil neste ano em comparação ao anterior.
Reação e Propostas
Com um investimento de R$ 5,9 milhões, a Ambev retoma seu patrocínio ao Carnaval de BH após dois anos de ausência. Parte do acordo com a prefeitura limita a venda de bebidas a apenas aquelas da patrocinadora em determinados locais, o que gerou confusão e pressões do Sindicato das Indústrias de Bebidas do Estado de Minas Gerais (Sindbebidas MG) para reconsiderar essa cláusula. O superintendente da entidade, Cristiano Lamego, afirmou que a exclusividade representa uma grande perda para as cervejarias locais.