Uma reunião da Galoucura, principal torcida organizada do Atlético, terminou em confusão na noite de quarta-feira, 23 de julho de 2025. O encontro, convocado pela própria torcida, aconteceu na sede matriz situada na rua Maria José de Jesus, no bairro Camargos, região Noroeste de Belo Horizonte.

Confusão e tensão na comunidade

A Polícia Militar foi acionada para controlar o ambiente tenso. Moradores da região relataram cenas de pancadaria, correria e o uso de barras de ferro. Uma moradora contou que chegou a tremer de medo durante o tumulto. Ela e outros vizinhos expressaram preocupação com a possibilidade de novos episódios de violência, especialmente na quinta-feira, 24 de julho, data em que o Atlético enfrentaria o Atlético Bucaramanga, da Colômbia, na Arena MRV, pela Copa Sul-Americana.

Contexto do clube e protestos

O encontro da Galoucura ocorreu em meio a um momento delicado para o clube. Na terça-feira, 22 de julho, o atacante Rony, um dos principais jogadores do elenco, entrou com uma ação na Justiça solicitando a rescisão do contrato por atrasos no pagamento de salários. O caso revelou que outros atletas também recorreram a meios extrajudiciais para cobrar dívidas salariais. Após a repercussão, o Atlético anunciou ter chegado a um acordo com Rony para a retirada da ação.

Resposta do clube e clima de insatisfação

Na quarta-feira, o elenco do Atlético treinou na Arena MRV. O sócio majoritário da SAF do clube, Rubens Menin, esteve presente na atividade, onde se reuniu com os jogadores e garantiu que os valores atrasados seriam pagos. Paralelamente ao treinamento, torcedores realizavam protestos contra os gestores responsáveis pela administração do Atlético.