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Milhem Cortaz entrevista Diogo Vilela sobre a peça "Diário de um louco"
Ator paulistano estreia temporada da montagem de Gogol no CCBB-BH, enquanto carioca Diogo Vilela relembra sua marcante interpretação de 1997
Milhem Cortaz conversa com Diogo Vilela sobre sua premiada interpretação na peça "Diário de um louco", texto de Nikolai Gogol adaptado para teatro. Vilela fala sobre o que o atraiu para o personagem Poprischin e o processo de montagem do monólogo, que trata da solidão e da loucura.
O interesse pelo texto e personagem
Diogo Vilela conta que conheceu o conto de Gogol, que foi adaptado para o teatro, por indicação do diretor Marcus Alvisi, que acreditava que ele poderia interpretar bem o personagem. "Eu me apaixonei pela personagem Poprischin. Sempre achei que a sensação de abandono funcionaria bem para ser levada em cena, e essa personagem inundou meu imaginário com esse sentimento que eu julgava conhecer muito bem, talvez de uma forma inconsciente", explica o ator. Ele destaca que Gogol, que sofria de esquizofrenia, retrata a solidão humana levada à loucura, o que lhe proporcionou um grande prazer em interpretar.
Preparação para o papel e desafios
Para aprofundar a percepção da loucura progressiva do personagem, Vilela fez um estágio no hospital psiquiátrico Pedro Ernesto, no Rio de Janeiro, onde acompanhou médicos e observou pacientes em delírio, percebendo um naturalismo diferente do estereótipo popular. "Eu tinha que ter esse naturalismo delirante em cena! Foi muito sofrido para mim, fiquei um mês inteiro nessas visitas, mas talvez tenha sido a chave para que eu fizesse o espetáculo imaginado pelo diretor", conta o ator.
Temas e relevância da peça
Sobre os temas da peça — solidão, alienação e perda da sanidade — Vilela acredita que a humanização da loucura é essencial para a autenticidade da personagem. Ele ressalta a importância da técnica e da entrega para representar a condição gradativa da loucura de Poprischin, de forma verdadeira para o público brasileiro, mesmo após tantos anos da montagem original.
Metodologia de trabalho e legado
O ator prefere seguir o texto rigorosamente, estudando-o até a exaustão, para se sentir completamente dono das palavras e construir o universo da peça. Sobre o impacto que "Diário de um louco" teve em sua carreira, Vilela destaca que sua entrega ao texto foi total, sem pensar em prêmios, que vieram como consequência. Ele enfatiza o compromisso com o teatro e com o público, valorizando a emoção e o pertencimento que sentiu ao interpretar o personagem, que considera um marco pessoal e profissional.
Informações da temporada atual
A temporada da peça "Diário de um louco", com Milhem Cortaz, começa no dia 17 de julho, no Teatro I do CCBB Belo Horizonte, com sessões de quinta a segunda, às 20h, até 4 de agosto. Os ingressos custam R$ 30 e R$ 15 (meia) e estão disponíveis na bilheteria e no site do centro cultural. Nos dias 26 de julho e 2 de agosto, haverá interpretação em Libras.