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Produtos brasileiros impulsionam alta da inflação nos EUA antes da entrada em vigor das tarifas
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Produtos brasileiros impulsionam alta da inflação nos EUA antes da entrada em vigor das tarifas

Café e frutas cítricas, importantes exportações do Brasil, estão entre os produtos que apresentaram maior aumento de preços nos Estados Unidos nos últimos meses

Por Admin

17/07/2025 18:31 · Publicado há 12 horas
Categoria: Economia

A inflação nos Estados Unidos registrou alta no último mês, acompanhando o impacto inicial das tarifas impostas pelo presidente Donald Trump, que têm elevado os preços de produtos como roupas e café. De acordo com dados do Departamento do Trabalho, a inflação anual até junho atingiu 2,7%, superior aos 2,4% do mês anterior, representando o ritmo de aumento mais acelerado desde fevereiro.

Fatores que impulsionam a inflação

Os principais responsáveis pelo aumento da inflação foram os custos elevados de energia e moradia, especialmente os aluguéis. Além disso, os dados indicam que os consumidores já começam a sentir os efeitos das tarifas, com algumas empresas repassando os custos adicionais das importações para os preços finais.

Entre os produtos que tiveram maior alta, o preço do café subiu 2,2% e o das frutas cítricas 2,3% de maio para junho de 2025. Estes itens são exportados em grande quantidade pelo Brasil para os EUA e podem ser ainda mais impactados caso as tarifas de 50% sobre importações brasileiras, anunciadas para entrar em vigor em 1º de agosto, sejam efetivadas.

Importância do Brasil para o mercado americano

O Brasil desempenha papel crucial nos mercados americanos de café e cítricos. É o maior produtor mundial de café, fornecendo cerca de 30% do café consumido nos EUA, seguido por Colômbia e Vietnã. No setor de cítricos, o Brasil é responsável por aproximadamente 60% do suco de laranja importado pelos americanos.

Em julho de 2025, os preços futuros do suco de laranja na Bolsa de Nova York alcançaram o maior valor dos últimos quatro meses, refletindo a preocupação com a possível redução da oferta causada pelas tarifas americanas.

Outros setores afetados

Além dos produtos brasileiros, os preços de brinquedos nos EUA subiram 1,8%, eletrodomésticos 1,9% e roupas 0,4%, sendo este o primeiro aumento no setor em meses. Contudo, a inflação geral permanece controlada, equilibrada por quedas nos preços de carros novos e usados, passagens aéreas e reservas em hotéis.

Segundo Olu Sonola, chefe de pesquisa econômica na Fitch Ratings, "há um indício do que provavelmente é uma inflação induzida pelas tarifas em algumas categorias, especialmente eletrodomésticos e móveis" e que essa tendência deve se intensificar nos meses seguintes.

Contexto das tarifas e negociações

Desde o início do ano, as tarifas efetivas médias nos EUA aumentaram significativamente com Trump impondo uma taxa de 10% sobre a maioria dos produtos importados, além de tarifas ainda maiores para itens como aço e automóveis. Embora alguns planos de tarifas agressivas tenham sido suspensos, o presidente voltou a ameaçar com novas taxas a partir de 1º de agosto, incluindo uma tarifa adicional de 50% para produtos brasileiros.

Negociações em andamento alimentam a esperança de que acordos possam evitar tarifas punitivas. Recentemente, Trump afirmou ter realizado um "ótimo acordo" com a Indonésia, sem fornecer detalhes. No entanto, até o momento, as negociações de tarifas resultaram em taxas mais altas do que as vigentes no início do ano.

Reação e perspectivas econômicas

Trump defende que as tarifas protegem a indústria americana da concorrência externa, promovem a geração de empregos e aumentam a receita do governo. A Casa Branca rejeita previsões de aumento nos preços ao consumidor, alegando que os custos serão absorvidos pelas empresas e exportadores estrangeiros.

Entretanto, a maioria dos economistas discorda, atribuindo a relativa estabilidade atual à antecipação de estoques pelas empresas. O banco central dos EUA tem resistido a reduzir as taxas de juros, esperando entender melhor os efeitos das tarifas. Analistas não preveem cortes na próxima reunião do Fed e estão divididos sobre ações futuras, diante dos dados recentes de inflação.

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