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Economia

Produtos brasileiros impulsionam alta da inflação nos EUA antes da entrada em vigor das tarifas

Café e frutas cítricas, importantes exportações do Brasil, estão entre os produtos que apresentaram maior aumento de preços nos Estados Unidos nos últimos meses

Produtos brasileiros impulsionam alta da inflação nos EUA antes da entrada em vigor das tarifas
Fonte: https://midias.em.com.br/_midias/jpg/2025/07/16/1200x720/1_efd7eba0_61b7_11f0_b5c5_012c5796682d-56610585.jpg?20250716123634?20250716123634

A inflação nos Estados Unidos registrou alta no último mês, acompanhando o impacto inicial das tarifas impostas pelo presidente Donald Trump, que têm elevado os preços de produtos como roupas e café. De acordo com dados do Departamento do Trabalho, a inflação anual até junho atingiu 2,7%, superior aos 2,4% do mês anterior, representando o ritmo de aumento mais acelerado desde fevereiro.

Fatores que impulsionam a inflação

Os principais responsáveis pelo aumento da inflação foram os custos elevados de energia e moradia, especialmente os aluguéis. Além disso, os dados indicam que os consumidores já começam a sentir os efeitos das tarifas, com algumas empresas repassando os custos adicionais das importações para os preços finais.

Entre os produtos que tiveram maior alta, o preço do café subiu 2,2% e o das frutas cítricas 2,3% de maio para junho de 2025. Estes itens são exportados em grande quantidade pelo Brasil para os EUA e podem ser ainda mais impactados caso as tarifas de 50% sobre importações brasileiras, anunciadas para entrar em vigor em 1º de agosto, sejam efetivadas.

Importância do Brasil para o mercado americano

O Brasil desempenha papel crucial nos mercados americanos de café e cítricos. É o maior produtor mundial de café, fornecendo cerca de 30% do café consumido nos EUA, seguido por Colômbia e Vietnã. No setor de cítricos, o Brasil é responsável por aproximadamente 60% do suco de laranja importado pelos americanos.

Em julho de 2025, os preços futuros do suco de laranja na Bolsa de Nova York alcançaram o maior valor dos últimos quatro meses, refletindo a preocupação com a possível redução da oferta causada pelas tarifas americanas.

Outros setores afetados

Além dos produtos brasileiros, os preços de brinquedos nos EUA subiram 1,8%, eletrodomésticos 1,9% e roupas 0,4%, sendo este o primeiro aumento no setor em meses. Contudo, a inflação geral permanece controlada, equilibrada por quedas nos preços de carros novos e usados, passagens aéreas e reservas em hotéis.

Segundo Olu Sonola, chefe de pesquisa econômica na Fitch Ratings, "há um indício do que provavelmente é uma inflação induzida pelas tarifas em algumas categorias, especialmente eletrodomésticos e móveis" e que essa tendência deve se intensificar nos meses seguintes.

Contexto das tarifas e negociações

Desde o início do ano, as tarifas efetivas médias nos EUA aumentaram significativamente com Trump impondo uma taxa de 10% sobre a maioria dos produtos importados, além de tarifas ainda maiores para itens como aço e automóveis. Embora alguns planos de tarifas agressivas tenham sido suspensos, o presidente voltou a ameaçar com novas taxas a partir de 1º de agosto, incluindo uma tarifa adicional de 50% para produtos brasileiros.

Negociações em andamento alimentam a esperança de que acordos possam evitar tarifas punitivas. Recentemente, Trump afirmou ter realizado um "ótimo acordo" com a Indonésia, sem fornecer detalhes. No entanto, até o momento, as negociações de tarifas resultaram em taxas mais altas do que as vigentes no início do ano.

Reação e perspectivas econômicas

Trump defende que as tarifas protegem a indústria americana da concorrência externa, promovem a geração de empregos e aumentam a receita do governo. A Casa Branca rejeita previsões de aumento nos preços ao consumidor, alegando que os custos serão absorvidos pelas empresas e exportadores estrangeiros.

Entretanto, a maioria dos economistas discorda, atribuindo a relativa estabilidade atual à antecipação de estoques pelas empresas. O banco central dos EUA tem resistido a reduzir as taxas de juros, esperando entender melhor os efeitos das tarifas. Analistas não preveem cortes na próxima reunião do Fed e estão divididos sobre ações futuras, diante dos dados recentes de inflação.

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