{{noticiaAtual.titulo}}

Fonte da imagem: https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/02/13/675x450/1_2235-46429841.jpg?20250214092013?20250214092013
Morte de Juscelino Kubitschek será reexaminada por novas evidências
Investigação pode revelar indícios de sabotagem no acidente que vitimou o ex-presidente em 1976
Informações recentes oriundas das comissões da Verdade de São Paulo e de Minas Gerais indicam a possibilidade de uma reabertura da investigação sobre a morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek, conhecido como o construtor de Brasília. Uma reunião está agendada para esta sexta-feira (14/2) no Recife, onde se espera que a Comissão sobre Mortos e Desaparecidos Políticos decida oficialmente pela reabertura das apurações.
Contexto do Acidente
Juscelino faleceu em um acidente automobilístico na Rodovia Presidente Dutra, no Rio de Janeiro, em agosto de 1976. As investigações realizadas durante o regime militar afirmaram que se tratava de uma fatalidade, uma avaliação que foi ratificada pela Comissão Nacional da Verdade em 2014 e por uma comissão externa da Câmara dos Deputados em 2001. No entanto, novas evidências sugerem a possibilidade de sabotagem mecânica ou até de um disparo contra o motorista do veículo.
Novas Revelações
O Opala que transportava o ex-presidente estava sob a direção de Geraldo Ribeiro. Em 1996, o perito Alberto Carlos de Minas exumou o corpo do motorista e relatou ter encontrado uma perfuração no crânio compatível com um disparo de arma de fogo. Além disso, Josias Oliveira, que dirigia um ônibus envolvido no acidente, declarou ao Ministério Público Federal em 2013 que recebeu uma oferta de suborno para assumir a culpa pela colisão.
Perspectivas da Nova Investigação
A nova investigação deve se concentrar na reavaliação de elementos históricos e na coleta de novos depoimentos de testemunhas e envolvidos no caso. Documentos revelados pelo jornalista Jack Anderson indicam que JK poderia ter sido um alvo da Operação Condor, uma colaboração entre ditaduras sul-americanas para eliminar opositores políticos. O nome de Juscelino aparece associado ao do diplomata chileno Orlando Letelier, assassinado em um atentado em Washington um mês após a morte do ex-presidente brasileiro.
Repercussões Históricas
A pesquisadora Lea Vidigal Medeiros, coautora de um livro sobre o assassinato de JK pela ditadura, aponta que o ex-presidente estava envolvido em planos para a abertura democrática em 1976, o que colocava sua vida em risco. Ela ressalta que é necessário alterar a certidão de óbito de JK para refletir a morte violenta causada pelo Estado, um processo já adotado em casos semelhantes.